quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dentro da ostra se encontra o conteúdo


Foi o grande filósofo, linguista e ativista estadunidense Noam Chomsky quem elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” utilizada pela grande mídia - quanto maior a capacidade de apuração, desmistificação e desconstrução das mensagens e discursos midiáticos, maior o distanciamento crítico, que possibilita o esvaziamento do conteúdo ideológico e a proximidade da realidade dos fatos. A verdade é camuflada pelos signos. Dentro da ostra se encontra o conteúdo -,
uma delas se enquadra perfeitamente na atual conjuntura, principalmente quanto às manifestações violentas e a economia:

CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES

"Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos."



Leia a íntegra das estratégias 

3 comentários:

  1. Além a criação de produtos, se antes não existia a "tal necessidade" deles, hoje são imprescindíveis, como por exemplo o sabonete íntimo e tantos outros produtos lançados nesses últimos anos.

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  2. Interessante abordagem. Como publicitária tenho discernimento para visualizar essas estratégias de manipulação, e sinto muito incomodada, confesso. Assunto polêmico, complicado ainda mais no jornalismo. Parabens.

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  3. Através do discurso midiático a soberania do poder organizacional não precisa mais da violência para reprimir divergências e contestações e sim investir no fortalecimento da alienação, através da construção de discursos e mensagens. Como dizia Roland Barthes a estratégia não é negar ou omitir os fatos, pelo contrario, é falar deles. Transformando-os, passando da história a natureza que abole a complexidade dos atos humanos, confere-lhes a simplicidade das essências, suprime toda e qualquer dialética, qualquer elevação do visível imediato, organiza um mundo sem contradições, porque sem complexidade, um mundo plano que se ostenta em sua evidência, e cria uma afortunada clareza as coisas, sozinhas, perecem significar por elas próprias.

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