terça-feira, 14 de maio de 2019

Bolsonaro, o fantoche do marketing político



É disto que os emissores de discursos e mensagens se utilizam: pegam uma coisa vazia e a preenchem, utilizando-se da metalinguagem, criam novos signos que são disparados para a opinião pública. Não é uma questão de ideologia, mas de transmissão de simbolos e significados. A extrema direita conseguiu criar um discurso extremamente eficiente para seus objetivos. Pegaram a imagem de uma figura (Bolsonaro) sem relevância política e a impregnaram de significados persuasivos que a projetou do anonimato. Devido aos diversos golpes que a esquerda vinha tomando, de acordo com os seus supostos envolvimentos com corrupção, ela foi perdendo sua força junto aos escândalos envolvendo algumas empresas privadas, todos os fatos, extremamente, potencializados pela mídia. Ai entra o jogo do poder que se utiliza de estratégias espúrias, porém muito eficazes, para afastar todas os ideais socialistas. Fortalecer fundamentos religiosos foi uma delas. Nada melhor, para uma sociedade, quase que toda cristã, do que um candidato cristão e militar para arrumar a barafunda do país. Após isso, iniciou-se um grande marketing de guerrilha, disseminando nas mídias digitais uma série de informações manipulativas, as famosas fake news, apoiando a ditadura militar, como um regime que propiciou um excelente desenvolvimento econômico de inclusão sem corrupção. Muitos foram ludibriados com essas persuasões e passaram a acreditar neste fantoche da extrema direita. Enfim, formou-se assim uma democracia sem voz, governada por um mandatário também sem voz, conservador, preconceituoso, ignorante, inculto, que se comunica com a sua nação por meio das mídias digitais.