O preconceito, seja ele ligado à etnia, sexo ou credo é um meme
cultural disseminado por indivíduos desinformados que tem um posicionamento
direcionado pela ignorância (falta de conhecimento) histórica e humanística.
Seja no Antigo e no Novo Testamento, parábolas e aforismos são interpretados e disseminados, muitas vezes, de forma errônea.
Principalmente na era cristã, com o surgimento do catolicismo, e
depois com as instituições protestantes, desenvolveram-se diversos tabus
construídos pela dislexia dos religiosos ortodoxos.
Antes de Cristo, entre os gregos e romanos, não existia esse
tipo de tabu. A homossexualidade era comum à Physis (natureza) desses povos.
Enfim, todas as discriminações no planeta Terra, foram concebidas pelos seres
humanos, por interesses políticos, econômicos e ideológicos. Da mesma forma que
o repudio à discriminação é movido por esses mesmos interesses.
No caso dos homossexuais, o capital descobriu o potencial desses
consumidores, em sua maioria, com ótimo poder aquisitivo e gosto refinado.
Assim, a causa de se configurar um novo meme que extinga o preconceito contra essa minoria, está clara. Interesses muito mais econômicos do que humanísticos.
Mesmo que assim seja, teríamos que começar de alguma forma,
independente das intenções, esse processo de quebrar de tabus.
Segundo o zoologista Richard Dawkins, criador do conceito, o
meme é um código cultural que prevalece de acordo com a sua força de
transmissão e assimilação dentro do organismo social. Usado como metáfora,
Dawkins, analogamente, observa o processo de evolução cultural, assemelhando-o
à teoria da evolução de Darwin: um meme seria como um gene, ou seja, sobrevive
aquele que melhor se adapta ao meio. Assim, como o gene, ele mantém sua
capacidade ou força de persuasão, até ser eliminado ou superado por um novo meme.
Ele descreve os seres humanos como veículos e replicadores de
genes (porção do DNA capaz de produzir um efeito no organismo que seja
hereditário e possa ser alvo da seleção natural) e de memes que se replicam e
sobrevivem de forma semelhante aos genes, através de um processo de seleção e
competitividade. Segundo ele, somos veículos, mas não necessariamente
serviçais:
"Somos construídos como máquinas de genes e educados como
máquinas de memes, mas temos o poder de nos revoltar contra os nossos criadores.
Somos os únicos na Terra que temos o poder de nos rebelar contra a tirania dos
replicadores egoístas".
Para Dawkins, uma das razões para o grande apelo exercido pela
teoria da seleção de grupo talvez seja o fato de ela se afinar completamente
com os IDEAIS MORAIS E POLÍTICOS partilhados pela maioria de nós. Como
indivíduos ou organizações, não raro, nos comportamos de forma egoísta
(identidade). Nos momentos idealistas reverenciamos e admiramos aqueles que
colocam o bem-estar dos outros em primeiro lugar (imagem).
Enfim, parabéns ao Boticário pelo posicionamento e a
excelente estratégia de marketing finalizada com a linda mensagem projetada
pela propaganda que segue: