Exigimos ética apesar de estarmos longe de sermos éticos
Em um dos quadros, do programa televisivo CQC, repórter flagra "cidadãos", estacionando seus carros, em vagas para deficientes.
Bradamos por nossos direitos. Protestamos contra a corrupção. Exigimos cidadania, mas no momento de sermos cidadãos, nos eximimos das nossas obrigações.
Não aceitamos sermos corrompidos, mas não pensamos, que talvez, também, estejamos transgredindo e corrompendo.
São nos "pequenos" atos de transgressão que conhecemos o comportamento da nossa sociedade.
Fico cada vez mais convencido que o aforismo é verdadeiro: "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço."
A sociedade não respeita os direitos das minorias homossexual, transexual, os dos deficientes físicos e os de outras minorias.
Sociedade hipócrita, com sua falsa moralidade, transgride "pequenas" normas de conduta, as quais são reconhecidas em lei. Ela reincide em "pequenos" erros, e crucifica os transgressores das leis mais "contundentes".
Vale aqui mais uma máxima: "ninguém tropeça no Pão de Açúcar"
A verdade é que ela é egoísta, cega e surda. Enxerga, e escuta, àquilo que a interessa.
Não transgride, o que realmente deve transgredir: as normas impositivas e o totalitarismo invisível que alimenta a idiotia e a ignorância do senso comum.