O autoritarismo, a censura e a arrogância permanecem vigentes no ambiente corporativo, mesmo com todas as evoluções no que tange o conhecimento e a tecnologia .
Os canais de comunicação empresarial (house-organ, newsletter, jornal mural, intranet, extranet, releases) apesar de estarem ligados aos interesses da organização, não necessitam difundir uma imagem falaciosa sobre o comprometimento da empresa com seus públicos de interesse.
Uma gestão não comprometida com uma posição sustentável, portanto, ética e preocupada com a saudabilidade das relações com seus stakeholders, não deveria se preocupar com a comunicação empresarial. Sem essas premissas básicas ela não tem o porquê de existir.
Os meios de comunicação tradicionais, pelo menos na teoria, devem se comprometer com a sociedade, a cidadania, o interesse público, portanto, com a imparcialidade e a divergência de opiniões, já os canais de comunicação institucional estão ligados a empresa e a seus interesses.
No entanto, não precisam ser arrogantes, prepotentes e parciais. No ambiente corporativo as divergências e o debate saudável entre seus colaboradores podem levar a grandes soluções.
Os canais de comunicação que implantam ditaduras, censurando conteúdos que não condizem ou contradizem a visão da presidência e diretoria, acabam se tornando elementos que atrasam a maturidade empresarial.
A diferença entre os meios tradicionais e os corporativos é que neste a parcialidade é descarada. Portanto, as intenções do produtor são mais facilmente percebidas pelo receptor, quanto nos tradicionais, a ideologia do emissor é implícita no significado da mensagem. Porém, os atributos do jornalismo podem ser aplicados ao institucional, desde que comprometidos com uma gestão democrática e ética.
As mídias digitais são mais dinâmicas, com custos baixos para edição e segmentação de notícias, e o mais importante, são interativas.
A inteligência organizacional está no uso estratégico desses canais de forma que possam gerar feedbacks e diagnósticos para um melhor planejamento e execução de ações futuras.
Nos dias de hoje, fica mais fácil refutar o “house- organ bombril”. No entanto, as mudanças se dão muito mais na dinâmica e praticidade, graças a evolução tecnológica, do que na mudança de mentalidade ainda focada no controle e no autoritarismo.
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