quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Comunicação integrada não reflete o ambiente corporativo


A comunicação integrada, com poucas exceções, ainda, não reflete o ambiente corporativo. 
Os funcionários respondem, em sua maioria, ao viés mecanicista que foca a obediência aos ditames da hierarquia dominante. Assim, anula-se a criatividade, incentiva-se a competição nada saudável entre os setores que compõem a comunicação empresarial (publicidade, marketing, relações públicas, assessoria de imprensa), ao invés, de valorizar uma equipe que se foca em torno de um objetivo uno e ubíquo.

Como separar a comunicação institucional (assessoria de imprensa, relações públicas) da mercadológica (publicidade, marketing) se ambas de forma direta ou indireta devem prezar pela divulgação dos produtos ou serviços, reputação e imagem do seu empregador ou assessorado, portanto pela consolidação e fidelização da marca?

Na comunicação empresarial fica claro que o sucesso desses profissionais e, principalmente, das empresas para as quais trabalham, depende de ações integradas, levadas a prática, e não, como discurso promocional que sempre foca aspectos como responsabilidade social e postura ética.

Na era do conhecimento fica cada vez mais difícil, principalmente, pela diversificação comunicacional, que proporciona uma nova forma de interação e de produção de conteúdos, a manipulação da opinião pública.

Amadurecer quanto ao planejamento estratégico, cuja ação foque a integração das diversas funções que constituem a comunicação empresarial, com uma postura ética e responsável com todos envolvidos, é uma das atitudes mais importantes àquela empresa que pretende, como principal objetivo, agregar valor e fidelizar a sua marca, o seu serviço ou produto.

Seria positivo, para oferecer produtos de ótima qualidade, valer-se da utilização de mão de obra escrava? Com certeza perderia muitos clientes que se importam com isso. Nos dias de hoje, as redes sociais influenciam e muito a opinião pública.

Enfim, a comunicação empresarial é fundamental dentro do quadro de uma empresa ou organização. É ela a responsável, se bem conduzida, pela construção da reputação e imagem positiva no que se refere aos diferentes stakeholders.

Ao trabalhar com a comunicação institucional temos que nos preocupar com tudo o que acontece no local de trabalho, com sua função social, não deve ser apenas um negócio.
Portanto, precisamos ter uma visão global que envolva todas as áreas e não apenas o seu interesse comercial.

Enfim, somos responsáveis por transmitir, se quisermos obter sucesso em nossas ações, as práticas de governança corporativa, principalmente, aquelas que se referem à sustentabilidade, aos públicos consumidores, colaboradores, formadores de opinião, classe política ou empresarial, acionistas e comunidade.

Sustentabilidade não é filantropia

O princípio da sustentabilidade vai muito além de ações pontuais de assistencialismo ou filantropia. Não devemos considerá-lo, somente, em ações momentâneas e isoladas.


Práticas sustentáveis devem fazer parte do planejamento estratégico, portanto, intrinsecamente ligadas ao modelo de gestão organizacional, ser de caráter permanente, equilibrando resultados financeiros, sociais e ambientais.


Apesar de agregar valor e competitividade a uma empresa, um processo de gestão sustentável, não deve ser considerado com o fim exclusivo de gerar lucros.


A sustentabilidade vem de encontro a uma prática ampla e, por muitas vezes, difícil de gerir, de acordo com os interesses de todos os públicos envolvidos pelas ações organizacionais. Respeitando seus stakeholders e desenvolvendo práticas que valorizem e respeitem esses públicos, com certeza, o lucro seria conseqüência inevitável de um processo responsável e altruísta.


Por fim, a governança corporativa não deve se apoderar desta prática com a idéia de se promover como empresa cidadã, pois não se trata de uma ação de marketing, mas, sim, da sua promoção e valoração de acordo com sua responsabilidade, real preocupação e poder de ação, quanto as questões sociais, ambientais e economicas, seja no ambiente em que se insere ou na sociedade como um todo.