segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

McDonald's muda receita após denúncia



Jamie Oliver, chef britânico, mostrou em programa que rede de fast-food usava hidróxido de amônio para converter sobras de carne gordurosa em recheio

A rede de fast-food McDonald's anunciou que mudará a receita de seus hambúrgueres nos Estados Unidos. A mudança acontece pouco tempo após o chef de cozinha britânico Jamie Oliver descobrir e mostrar em um programa de TV que a rede usa hidróxido de amônio para converter partes gordurosas de carne em recheio para seus produtos, segundo informações do Mail Online.

"Basicamente, estamos falando de comida que seria vendida por um preço muito baixo para produzir comida para cães, e que, depois desse processo, é vendida como alimento para humanos", afirmou Oliver. "Por que qualquer ser humano sensato colocaria carne com amônio na boca de suas crianças?", questionou o chef.

A receita, que o apresentador chamou de "lodo rosa", é produzida, segundo ele, em um processo pelo qual a carne é "centrifugada" e "lavada" em uma solução de hidróxido de amônio e água.

De acordo com o Mail Online, o processo de conversão nunca foi utilizado no Reino Unido, nem na Irlanda, países que usam carne de produtores locais.

Ao site, o McDonal's negou que tenha optado pela troca de sua receita por causa da denúncia de Jamie Oliver. A matéria diz ainda que duas outras redes - Burger King e Taco Bell - utilizavam hidróxido de amônio em suas receitas, mas já modificaram as receitas.

Procurada, a Arcos Dourados, empresa que opera a marca McDonald's na América Latina, informou que "o aditivo em questão não é utilizado como ingrediente nem em qualquer processo da cadeia produtiva da marca na região".

A companhia acrescentou que "os hambúrgueres são preparados com 100% de carne bovina e que toda a produção é validada pelas autoridades regulatórias locais".

Assista a um trecho do programa em que Jamie Oliver explica o processo

Vale impulsiona política ambiental e trabalhista após críticas em Davos


Cartaz da votação “Public Eye People´s” sobre a Vale

A empresa é acusada de violar os direitos humanos com suas condições desumanas de trabalho e de exploração sem considerar a natureza.


Vale, maior produtora de mineral de ferro do mundo, defendeu nesta sexta-feira suas políticas ambientais e trabalhistas, após ser considerada uma das "piores empresas" nessas frentes por ONGs em Davos, Suíça.
As organizações Declaração de Berna e Greenpeace da Suíça acusaram a Vale de violar os direitos humanos com suas condições desumanas de trabalho e de exploração sem considerar a natureza.
"A Vale sabe que a atividade mineral gera impactos e por isso atua de forma controlá-los e reduzi-los", respondeu a empresa em seu site no qual informou também que em 2012 "planeja investir 1,65 bilhão de dólares em ações socioambientais".

A gigante informou também que determina suas políticas baseadas em um "guia de direitos humanos" lançado em 2010 e que determina as condições trabalhistas de seus funcionários. "A Vale oferece seus trabalhadores um salário igual ou maior ao salário-mínimo exigido em cada localidade", assegura.

"Para fortalecer uma cultura baseada em resultados, o pacote de remuneração de cada funcionário inclui o pagamento de uma remuneração variável" com "títulos baseados no desempenho individual", informa o site da Vale, desenhado para "esclarecer" as afirmações contra a empresa.
A Vale defendeu também sua participação (9%) na construção da polêmica hidrelétrica de Belo Monte, que responde a suas necessidades de "grande consumidor de eletricidade" e a seus planos de crescimento.
Além da Vale, o banco britânico Barclays foi também catalogado dentro das "piores empresas" por práticas especulativas com os alimentos, que provocaram altas nos preços com consequências nefastas para os mais pobres.