sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

6 dicas para mandar bem em conteúdo de marca nas redes sociais

Segundo Gil Giardelli, CEO da Gaia Creative, "tirar terno e gravata" é uma delas. Saiba por quê.

Neymar e Lucas para o Guaraná Antarctica


Guaraná Antarctica: marca foi a brasileira que mais recebeu comentários no Facebook em 2011, segundo o GraphMonitor

Um bom conteúdo de marca é aquele que gera relacionamento, engaja e estimula o diálogo não só com os usuários, mas também entre os usuários. Deve ser simples, relevante, interessante e natural, além de colaborar para a construção da identidade da marca e de seu universo.
Não existem fórmulas - até porque uma marca não é igual a outra -, mas seguir alguns passos pode ajudar no momento de definir uma linha editorial nas redes sociais. Um deles, de acordo com Gil Giardelli, CEO da Gaia Creative, é "tirar terno e gravata". Entenda abaixo por que isso é importante e veja outras dicas. 
1. Participe do churrasco
O ambiente nas redes sociais é feito de pessoas, que por sua vez, gostam de falar com outras pessoas. As marcas precisam ser mais humanas para entrar na conversa. Sair um pouco da linha racional e entrar na direção emocional pode facilitar o envolvimento.
"A maioria das grandes empresas chega nas mídias sociais de terno e gravata, mas lá está todo mundo de chinelo, no papo espontâneo de um grande churrasco", exemplifica Giardelli.
2. Defina uma linha editorial
Pesque onde os peixes estão. Avalie em que redes sociais é importante estar e de que forma elas se tornam relevantes ao seu negócio. A partir daí, saiba o que faz parte do universo de seus consumidores e não se prenda aos produtos da marca.
"A BMW Brasil, por exemplo, não fala só de carros. Fala de tudo que está em volta dela. Mini Cooper fala de arte urbana, porque é relevante para quem gosta da marca", explica Giardelli.
Uma companhia aérea, além de divulgar suas promoções, pode dar desde dicas de viagens, hotéis e eventos culturais de destinos turísticos até sugestões de como organizar a mala.
Seu produto é uma cerveja? O carnaval está aí. Dê dicas de como manter-se hidratado e de roupas confortáveis para a folia.
3. Invista em experiências de longo prazo
Engaje seus fãs em diálogos duradouros e que gerem um relacionamento. Traga assuntos cotidianos e de interesse de seu público para perto da marca e gere conteúdo a partir disso.
Trabalhe com plataformas diferentes e integre o que for possível. Uma campanha publicitária veiculada na TV pode gerar uma interação bacana no Facebook. Uma promoção no Facebook pode ser divulgada no Twitter e trazer usuários de lá.
4. Admita que errou
"Talvez admitir um erro e pedir desculpas seja muito mais eficiente e sincero do que fazer de conta que nada aconteceu ou tentar abafar um problema de um consumidor", diz Giardelli.
Agir com transparência demonstra credibilidade e respeito pelos consumidores. Na internet, uma pisada na bola pode fazer desmoronar todo o trabalho de anos de construção de marca.
Nos Estados Unidos, a marca Domino’s Pizza assumiu publicamente, por meio de uma campanha, a falta de qualidade de seu produto. Mesmo sendo arriscada, a atitude mostrou-se transparente e contribuiu para melhorar os serviços da empresa.
5. Não transforme seu perfil em SAC
"Não ache que seu Twitter, seu Facebook ou seu blog vai virar um SAC", diz o CEO da Gaia Creative. Usar as redes sociais para resolver alguns problemas de consumidores faz parte da comunicação e é algo que não deve ser deixado de lado, mas não limite seus perfis a essa função. Além de desperdiçar um espaço valioso, esse comportamento torna o ambiente chato, desinteressante e afasta os usuários.
6. Sorria, mesmo sem estar sendo filmado
Humor bem feito é muito eficiente. Haja com naturalidade e contribua para melhorar o cotidiano de quem acompanha os passos da marca, seja no Twitter, no Facebook ou em outras redes sociais. Dê liberdade para a interação.
Não falar mal de concorrentes faz parte disso. Ninguém segue uma marca para ouvir críticas a concorrentes. Use os canais online para manter seu consumidor informado e inspirá-lo com assuntos que podem ser de seu interesse.

Por que a Fuji não teve o mesmo final que a Kodak

Fujufilm


                           Empresa japonesa lançou até cosmético para fugir do mercado de fotografia

Durante muitos anos, a Kodak e a Fujifilm disputaram o mercado mundial de fotografia palmo-a-palmo. A rixa, no entanto, diminuiu quando as duas companhias perceberam que o negócio de filmes fotográficos já não era mais tão atraente. Apesar da mesma percepção, as rivais optaram por trilhar caminhos diferentes e o veredito de quem fez a escolha certa saiu nesta semana.

A Kodak precisou pedir concordata para reestruturar seus negócios nos Estados Unidos. A companhia precisa de quase 1 bilhão de dólares para se reerguer. Já a Fujifilm planeja somar uma receita de cerca de 30 bilhões de dólares neste ano e aumentar seu lucro em mais de 30%.

O sucesso da companhia japonesa, no entanto, foi traçado muitos anos atrás, quando preferiu buscar alternativas antes de sucumbir em mercado decadente – ao contrário da sua rival, que sempre mostrou uma confiança excessiva no mercado de filmes fotográficos, ignorou a força das máquinas digitais (que ela mesma inventou) e nunca imaginou enfrentar a atual crise em que está envolvida agora.

Veja, a seguir, as principais razões que garantiram o sucesso da Fujifilm:

Não esperou o barco afundar

Diferente da Kodak, a Fujifilm começou a deixar o mercado de fotografia de lado muito antes dele se tornar obsoleto. Mesmo com a chegada da fotografia digital, a empresa decidiu não apostar todas as suas fichas em um único negócio e começou então a diversificar sua receita. Hoje, apenas 1% do faturamento da Fujifilm vem do segmento de fotografia.

Dentre as apostas da companhia, estão os segmentos de telas de LCD para televisores, computadores e outros aparelhos eletrônicos, de equipamentos médicos, medicamentos e até cosméticos. 
Aproveitou o conhecimento que já possuía
Para desenvolver filmes fotográficos, a Fujifilm precisava lidar uma diversidade de produtos químicos. Com bastante conhecimento nessa área, a companhia decidiu usar a experiência e passou a desenvolver outros produtos que levassem os mesmos componentes químicos que ela já sabia manusear. Recentemente, a companhia lançou um produto de beleza que usa o mesmo componente dos filmes fotográficos, por exemplo.
Cortou custos
Para chegar à posição que está hoje, a Fujifilm precisou de muito planejamento e cortes de custo. No ano 2000, a companhia anunciou uma redução de gastos de mais de 2,5 bilhões de dólares. A decisão visava reestruturar os negócios da empresa. Na mesma época, a Fuji reduziu o número de funcionários para voltar à rentabilidade.  
Soube investir
Como decidiu apostar em novos negócios, a Fujifilm não dependeu apenas do crescimento orgânico para avançar no mercado. Desde o ano 2000, a companhia já investiu mais de 8 bilhões de dólares em aquisições. A mais recente foi anunciada no final do ano passado, quando a empresa japonesa comprou, por  1 bilhão de dólares, a SonoSite, fabricante americana de equipamentos médicos. 

Por que Jack Sparrow poderia ser um bom gestor de empresas


Para o americano Chris Devore, as empresas devem ser como navios-piratas: não podem perder o gosto pela aventura – ou vão naufragar


Jack Sparrow


Você entregaria o comando de uma empresa para o tresloucado Capitão Jack Sparrow, o personagem vivido por Johnny Depp na saga Piratas do Caribe? Ou, pelo menos, o aceitaria como chefe? Se você respondeu "não", pense de novo. Talvez Sparrow e os piratas de verdade tenham mais a ensinar sobre gestão, do que revelam os mapas de seus tesouros escondidos.

Pelo menos, é o que defende Chris Devore, um dos fundadores da Founders Co-op e sócio de diversas empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Segundo Devore, manter um bando de marujos potencialmente desordeiros em um navio por meses a fio, fazendo-os trabalhar em ordem por um mesmo objetivo – e ter lucro com isso – não é trivial.
Por isso mesmo, entender o que motivava os piratas a seguir seu capitão até o fim do mundo pode ensinar muito para as empresas sobre como manter equipes motivadas e gerando resultados.
Veja, a seguir, algumas conclusões de Devore:
1. Nós contra o mundo

Imagine um bando de piratas em alto-mar, sem nenhuma terra à vista e com os víveres contados. Em certa medida, é o mesmo que gestores enfrentam todo o dia, quando iniciam um projeto: recursos contados e uma meta distante. Para Devore, a lição é clara: evite que a equipe se sinta confortável. Nada une mais as pessoas do que a sensação de que estão por sua própria conta, e de que os resultados não são bons o bastante para ninguém relaxar.
2. Mantenha todos de olho no tesouro
É claro que os piratas só aceitavam isso porque tinham uma meta clara: enriquecer saqueando e descobrindo tesouros. A ordem no navio era mantida, em parte, porque ninguém queria ser jogado aos tubarões e deixar que os outros seguissem rumo ao ouro. A lição: para mobilizar as pessoas, é preciso acenar com metas claras que, se atingidas, vão beneficiar a todos.
3. Não permita que a ambição se volte para dentro do navio
Alguns piratas preferiam roubar seus companheiros de viagem a se contentar com o seu quinhão no butim. O paralelo disso nas empresas, segundo Devore, ocorre em duas situações: quando as metas foram cumpridas e não há nada de desafiador no horizonte, ou quando simplesmente a empresa as perde de vista. Nestes momentos, alguns preferem cobiçar o cargo e os bônus dos colegas a fazer o seu trabalho. Um desperdício de energia para toda a equipe.
4. Mantenha o espírito de aventura
Pirata que é pirata não se contenta com um único baú de moedas de ouro. Pirata por vocação busca não só o tesouro, mas também a aventura. E é assim que as empresas devem se comportar, segundo Devore. Uma vez batida uma meta ou entregue um projeto, é preciso distribuir os ganhos e... partir para o próximo desafio. Só assim a equipe não vai se desmobilizar e começar a se embriagar de rum no tombadilho, enquanto o navio corre sem rumo.

Comercial vira febre, inspira marcas e traz de volta "Luiza, que está no Canadá"

Empresas aproveitam propaganda que virou meme para emplacar promoções nas redes sociais

Em menos de uma semana, Luiza Rabello, de 17 anos, estará de volta ao Brasil depois de visitar o Canadá para um intercâmbio. A paraibana antecipará sua volta ao país depois que um comercial protagonizado por seu pai, o colunista social Gerardo Rabello, entrou para os trending topics do Twitter e tornou a garota uma celebridade nacional.

No filme, Rabello aparece sentado na sala de um dos apartamentos do novo projeto da Construtora Aguazul, em João Pessoa, onde fala das características e vantagens do empreendimento.

Em determinado momento, o colunista diz que fez questão de reunir todos os familiares para recomendar o imóvel, e dispara a pérola "menos Luiza, que está no Canadá".

Em poucos minutos, o filme virou febre e a hashtag #LuizaEstanoCanada foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter. Outros termos ainda, como "Luiza", e "Canadá", associados ao comercial, também figuram no ranking. No Facebook, brincadeiras pipocam de minuto em minuto.

Com a dimensão do meme, várias outras marcas resolveram embarcar na brincadeira e aproveitaram para divulgar suas promoções. O site Decolar, por exemplo, tuitou "Que tal visitar a Luíza que está no Canadá? Aproveite a oferta do Decolar.com".

Ronaldo, garoto-propaganda da Claro, foi outro: "Tá todo mundo participando do Desafio Claro. Menos Luisa, que está no Canadá!".

Magazine Luiza, talvez uma das mais beneficiadas pela associação com o nome da garota, brincou: "Gente, só p/ esclarecer... Estão falando q a Luiza está no Canadá, mas eu sou a Lu do @magazineluiza e continuo aqui bem pertinho de vcs! ;)"




Fonte: Revista Exame





Kopenhagen reposiciona marca e reformula embalagens

Sacolas Kopenhagen
Kopenhagem inicia 2012 com uma nova proposta de layout para as sacolas e caixas da marca.
Os modelos possuem um visual inspirado na flor do cacau em união com a letra “K”, que passará a ser estampado em todas as embalagens e materiais de comunicação da empresa a partir deste mês.
O novo padrão gráfico contempla as sacolas de papel em diferentes tamanhos, as caixas de bombons e as presenteáveis. A apresentação das embalagens da Kopenhagen pretende competir com a de produtos como perfumes e joias, agregando valor às peças.
O design foi desenvolvido pela agência Antilhas e as atuais embalagens já estão presentes em todas as 280 lojas da rede pelo Brasil. 

Marcas investem no capitalismo consciente

Segundo estudo, as empresas da bolsa de Nova York que seguem os princípios geram nove vezes mais lucro que as tradicionais




Está emergindo uma nova forma de gestão nas empresas, o capitalismo consciente. De acordo com o modelo posto em prática pela Container Store e pela Whole Foods, as marcas devem ter um propósito, uma cultura concreta, liderança consciente e serem orientadas para os stakeholders. É pensar e olhar o negócio de forma mais ampla.

Segundo estudo da Harvard Business Review, as empresas listadas na bolsa de Nova York que seguem os princípios do capitalismo consciente geram nove vezes mais lucro que as tradicionais. Para a Whole Foods, o propósito da sua marca é muito maior que sua missão. “Queremos mudar a forma como o mundo come e promover a saúde”. Afirma Walter Robb (foto), CEO do Whole Foods. “Queremos mudar o modelo de agrícola para construir um mundo sustentável”.

Os desejos de Walter Robb não ficam no sonho. O propósito de marca não pode ser apenas colocado no papel. Ele deve fazer parte do plano de ação das empresas. Na Whole Foods há uma série de projetos realizados diariamente para atingir o seu propósito. No supermercado, colocar o funcionário em primeiro plano dá resultados transformando em paixão a ponto de um açougueiro tatuar os cortes de carne e suas ferramentas de trabalho em seu corpo. “A empresa que dá valor ao colaborador é a que gera mais valor”, afirma Robb.

O capitalismo consciente vai de encontro ao pensamento de Milton Friedman, cuja teoria pressupõe que a empresa deve ser orientada para deixar o acionista feliz. “Esse modelo não funciona mais”, ressalta Kip Tindell, Chairman e CEO da Container Store. “A empresa que faz o funcionário feliz deixa o cliente feliz. Se eles estiverem felizes, os acionistas estarão”, garante. “Capitalismo consciente pode mudar o mundo”.