quarta-feira, 16 de maio de 2012

PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL - Guilherme Leal, copresidente do Conselho de Administração da Natura


Sustentabilidade não é filantropia



O princípio da sustentabilidade vai muito além de ações pontuais de assistencialismo ou filantropia. Não devemos considerá-lo, somente, em ações momentâneas e isoladas. 

Práticas sustentáveis devem fazer parte do planejamento estratégico, portanto, intrinsecamente ligadas ao modelo de gestão organizacional, ser de caráter permanente, equilibrando resultados financeiros, sociais e ambientais.

Apesar de agregar valor e competitividade a uma empresa, um processo de gestão sustentável, não deve ser considerado com o fim exclusivo de gerar lucros.

A sustentabilidade vem de encontro a uma prática ampla e, por muitas vezes, difícil de gerir, de acordo com os interesses de todos os públicos envolvidos pelas ações organizacionais. Respeitando seus stakeholders e desenvolvendo práticas que valorizem e respeitem esses públicos, com certeza, o lucro seria conseqüência inevitável de um processo responsável e altruísta.

Por fim, a governança corporativa não deve se apoderar desta prática com a ideia de se promover como empresa cidadã, pois não se trata de uma ação de marketing, mas, sim, da sua promoção e valoração de acordo com sua responsabilidade, real preocupação e poder de ação, quanto as questões sociais, ambientais e econômicas, seja no ambiente em que se insere ou na sociedade como um todo.

 Ricardo Bressan