terça-feira, 2 de junho de 2015

Boticário e água benta


O preconceito, seja ele ligado à etnia, sexo ou credo é um meme cultural disseminado por indivíduos desinformados que tem um posicionamento direcionado pela ignorância (falta de conhecimento) histórica e humanística.


Seja no Antigo e no Novo Testamento, parábolas e aforismos são interpretados e disseminados, muitas vezes, de forma errônea.

Principalmente na era cristã, com o surgimento do catolicismo, e depois com as instituições protestantes, desenvolveram-se diversos tabus construídos pela dislexia dos religiosos ortodoxos.
Antes de Cristo, entre os gregos e romanos, não existia esse tipo de tabu. A homossexualidade era comum à Physis (natureza) desses povos. Enfim, todas as discriminações no planeta Terra, foram concebidas pelos seres humanos, por interesses políticos, econômicos e ideológicos. Da mesma forma que o repudio à discriminação é movido por esses mesmos interesses.

  

No caso dos homossexuais, o capital descobriu o potencial desses consumidores, em sua maioria, com ótimo poder aquisitivo e gosto refinado.

Assim, a causa de se configurar um novo meme que extinga o preconceito contra essa minoria, está clara. Interesses muito mais econômicos do que humanísticos.

Mesmo que assim seja, teríamos que começar de alguma forma, independente das intenções, esse processo de quebrar de tabus.

Segundo o zoologista Richard Dawkins, criador do conceito, o meme é um código cultural que prevalece de acordo com a sua força de transmissão e assimilação dentro do organismo social. Usado como metáfora, Dawkins, analogamente, observa o processo de evolução cultural, assemelhando-o à teoria da evolução de Darwin: um meme seria como um gene, ou seja, sobrevive aquele que melhor se adapta ao meio. Assim, como o gene, ele mantém sua capacidade ou força de persuasão, até ser eliminado ou superado por um novo meme.

Ele descreve os seres humanos como veículos e replicadores de genes (porção do DNA capaz de produzir um efeito no organismo que seja hereditário e possa ser alvo da seleção natural) e de memes que se replicam e sobrevivem de forma semelhante aos genes, através de um processo de seleção e competitividade. Segundo ele, somos veículos, mas não necessariamente serviçais:

"Somos construídos como máquinas de genes e educados como máquinas de memes, mas temos o poder de nos revoltar contra os nossos criadores. Somos os únicos na Terra que temos o poder de nos rebelar contra a tirania dos replicadores egoístas".

Para Dawkins, uma das razões para o grande apelo exercido pela teoria da seleção de grupo talvez seja o fato de ela se afinar completamente com os IDEAIS MORAIS E POLÍTICOS partilhados pela maioria de nós. Como indivíduos ou organizações, não raro, nos comportamos de forma egoísta (identidade). Nos momentos idealistas reverenciamos e admiramos aqueles que colocam o bem-estar dos outros em primeiro lugar (imagem).

Enfim, parabéns ao Boticário pelo posicionamento e a excelente estratégia de marketing finalizada com a linda mensagem projetada pela propaganda que segue: