segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Marcas que utilizam trabalho escravo no Brasil: conheça quais são

Chegamos à época do ano, quando o "animal laborans" se manifesta potencialmente.
Quando a maioria da sociedade entrega suas economias, décimo terceiro e rendimentos ao capital.
Quando toda nossa força de trabalho empregada na produção, e tudo o que recebemos por ela ($), retorna ao seu local de origem. 



Vivemos para trabalhar e trabalhamos para consumir o que produzimos.
Já que é assim que funcionamos, que façamos isso com o mínimo de responsabilidade e alteridade, pesquisemos, não só os preços das coisas que consumimos, mas, também, a forma como são produzidas.

Não sejamos complacentes, só assim nos tornaremos verdadeiros cidadãos. 
A mudança começa pelo indivíduo, mostremos que temos a capacidade de mudar paradigmas a partir de ações individuais pacíficas. Isso sim será contundente, e atingirá em cheio esse sistema que permitiu o acúmulo de riqueza nas mãos de poucos e a desapropriação do espaço público pelo capital genocida, e sem o mínimo de escrúpulo.
Discussões ideológicas e a digladiação retórica no mundo online e offline não trarão resoluções para os problemas sociais e econômicos.

Como podemos discutir política, se não somos políticos?

Sejamos individualistas no bom sentido, despertemos o "ser" político dentro de nós, deixemos de ser escravos daqueles que se utilizam da escravidão para enriquecer.
Esqueçamos dos efeitos e nos concentremos nas causas.
Utopia? 



Quanto mais nos condicionamos, mais utópicas se tornam nossas ações.
Simples mudanças de comportamento podem persuadir as organizações de poder.
Quando complacentes, nos tornamos cúmplices dos crimes cometidos por elas.
Sejamos simples com eficiência: viremos o jogo!

Organizações desafiam o limite da normalidade humana


No último sábado fui assistir "Relatos Selvagens", filme argentino formado por seis narrativas, aparentemente sem nenhuma ligação. O que elas têm em comum? Até onde vai a tolerância humana.
Incrível, como nos entregamos aos padrões sociais, ao politicamente "correto", ao totalitarismo invisível. Somos condicionados pelo sistema e "aceitamos" o que ele nos impõem.
Não percebemos que os verdadeiros criminosos estão disfarçados, não são aqueles que são expostos pelas imagens e mensagens, e sim aqueles que as emitem e a projetam.
O Estado entrega cada vez mais o controle nas mãos do capital, privatiza tudo, por consequência as nossas vidas.
O longa retrata o comportamento de seres humanos que chegam ao seu limite, e se portam como animais selvagens. Fazem tudo aquilo que muitos teriam vontade de fazer. Portam-se como selvagens, pois perdem a "razão", e agem como tais.


Quanto mais somos subestimados, testados e desrespeitados, mais nos revoltamos, mais impulsivos nos tornamos, saímos "do nível da normalidade", ou melhor, da submissão que nos impõe o sistema, e somos punidos e tratados como "anormais", ou como seres inanimados: não ouvimos, não enxergamos, não sentimos.
Enfim, não temos cérebro, como se fossemos marionetes nas mãos dos titereiros.

Áudios gratuitos sobre educação, enviados por Whatsapp, atingem a marca de 300 pessoas, em menos de 4 dias

Oferecemos, todas as manhãs, dicas por meio de áudios, com 1minuto de duração, enviados por whatsapp. Basta que envie uma mensagem inbox para Ligia Marques Etiqueta com o seu número de celular, e passará a recebê-los.
Abordamos o vasto conteúdo sobre o tema: etiqueta corporativa, para crianças, etiqueta 3.0, etiqueta à mesa e outros.




Quem sabe seja a dica que você precisa para o seu dia!

Passe por essa experiência!
Temos recebido elogios e agradecimentos, diariamente.
Caso queira interromper o envio é só nos enviar uma mensagem, e o deletamos da lista imediatamente e sem questionamento.
Nosso intuito, de forma simples e objetiva, é transformar o projeto em um programa educativo, que acreditamos ser de grande valia para os ouvintes.

Ligia Marques é autora dos livros: "Os 7 pecados do mundo corporativo", "Etiqueta 3.0: Você online & off-line" (imagem e identidade) e "Sem noção".
Você começará a enxergar o mundo e o seu cotidiano de outra forma, e aprenderá com as gafes de muitos, inclusive com a sua, para não cometer mais os mesmos erros!
Seja bem-vindo!!!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A surdez e a cegueira das pequenas, médias e grandes empresas

Usar a comunicação como fim (marketing e publicidade), antes de utilizá-la como meio para o fortalecimento institucional ou de sua identidade, é o mesmo que querer colher antes de plantar.
Somente com uma Comunicação Institucional qualificada que pequenas, médias e grandes empresas conseguem se tornar referência (fonte) e porta-vozes requeridas pela imprensa.
E isto se conquista, entre outras coisas, com treinamento de mídia (media training), aliando técnica à gestão do conhecimento, e ao monitoramento de informações, com objetivo de apurar, investigar e obter diagnósticos e ideias para possíveis mudanças na gestão e por meio de um relacionamento sem ruídos com a imprensa.
Muitas das crises organizacionais surgem, por não se enxergar na comunicação uma ferramenta de gestão, para localizar e solucionar os principais potenciais de crise.

Não há necessidade que a "epidemia" se alastre e se torne incontrolável, tendo a organização soluções efetivas para evitá-la.
A arrogância e a prepotência de muitos "líderes" organizacionais estão em não enxergar causa e efeito.
Se focam, exclusivamente na RECOMPENSA e nas suas necessidades egolátras, ao invés de adequá-las às de seus públicos de interesse, por meio de COMPENSAÇÕES que consolidem resultados efetivos e perenes para todos os envolvidos pelas práticas organizacionais.

Consultora oferece áudios gratuitos sobre educação pelo whatsapp

Ligia Marques Etiqueta, uma das mais renomadas consultoras em etiqueta do país, dá dicas diárias por meio de áudios, com 1minuto de duração, enviados por whatsapp. Basta que a envie uma mensagem, com o seu número de celular, e passará a recebê-los.

A consultora aborda o vasto conteúdo sobre o tema: etiqueta corporativa, para crianças, etiqueta 3.0, etiqueta à mesa e outros.
Ligia Marques é autora dos livros: "Os 7 pecados do mundo corporativo", "Etiqueta 3.0: Você online & off-line" (imagem e identidade) e "Sem noção".
Você começará a enxergar o mundo e o seu cotidiano de outra forma, e aprenderá com as gafes de muitos, inclusive com a sua, para não cometer mais os mesmos erros.
        

Seja bem-vindo!

Não confundamos liberdade de expressão com agressividade, sejamos assertivos, respeitosos e democrático

Na minha opinião, a disputa entre os candidatos à presidência, assemelhou-se a um embate de gladiadores movido pelos signos emitidos por seus respectivos marqueteiros, ao invés de propostas de mudanças efetivas.
O que vi nestas eleições foi uma digladiação mútua entre "cidadãos", como vejo nos campos de futebol.
Ajamos, agora, como cidadãos, respeitemos a "alegria" dos satisfeitos, e a "tristeza" dos insatisfeitos, pois voltaremos ao condicionamento "natural", com o qual estamos acostumados.
Somos superficiais por acreditarmos nos signos. Não são os signos nos quais acreditamos responsáveis pelas nossas superficialidades.
Não se trata de questões ideológicas, e, sim, do bom senso e da educação. Sejamos éticos!
A liberdade de expressão, não deve ser confundida com agressão.
Na experiência da pólis grega, as ágoras, o exemplo mais verossímil dos corpos políticos, a ação e o discurso eram inseparáveis.
"A ênfase passou da ação para o discurso, e para o discurso como meio de persuasão e não como forma especificamente humana de responder, replicar e estar à altura do que aconteceu ou do que foi feito". Hannah Arendt, "A Condição Humana", pág 32.

Para executarmos ações democráticas efetivas, precisamos ter a sensibilidade para desmistificarmos a intenção dos discursos e mensagens

"O controle fora do trabalho significa transformar as pessoas em autômatos em todos os aspectos de suas vidas, induzindo uma 'filosofia de futilidade' que as orienta para 'as coisas superficiais da vida como o consumo de moda'. As pessoas que dirigem o sistema devem fazê-lo sem qualquer interferência da massa da população, que nada tem a fazer na arena pública. Dessa idéia surgiram enormes indústrias, desde a publicidade até as universidades, todas conscientemente dedicadas à convicção de que é preciso controlar as atitudes e opiniões, porque de outra forma o povo será muito perigoso". Noam Chomsky

                      

Escravos das superficilidades

Movido pelo condicionamento, o indivíduo que possui propriedades prefere multiplicá- las, ao invés de viver uma vida política. Na visão distorcida que ele tem, por meio dos estereótipos, seria como sacrificar a "liberdade", como um escravo que a tem tolhida contra a sua vontade. Hoje, somos induzidos pelas construções de mensagens e discursos, que transformam as superficialidades em necessidades. Nos privamos, voluntariamente das nossas liberdades, tornamo-nos servos dessas "necessidades".

Somos “vítimas” do totalitarismo "invisível"


É como se estivéssemos num show de ilusionismo, onde as imagens e a linguagem estão totalmente sob o controle de quem as opera.
Assimilamos as construções das mensagens emitidas, e acreditamos naquelas com maior poder de convencimento.
Nos eximimos da essência do "ser", para nos preocuparmos com aquilo a que somos direcionados, ou melhor, condicionados a ser: "animal laborans", em tempo integral.
As organizações e instituições de poder (governamentais, privadas, religiosas, midiáticas) têm a soberania sobre os signos.
Somos “vítimas” do totalitarismo "invisível"

É como se estivéssemos num show de ilusionismo, onde as imagens e a linguagem estão totalmente sob o controle de quem as opera. 

Assimilamos as construções das mensagens emitidas, e acreditamos naquelas com maior poder de convencimento. 

Nos eximimos da essência do "ser", para nos preocuparmos com aquilo a que somos direcionados, ou melhor, condicionados a ser: "animal laborans", em tempo integral.

As organizações e instituições de poder (governamentais, privadas, religiosas, midiáticas) têm a soberania sobre os signos.  

Somos superficiais por acreditarmos nos signos. Não são os signos, nos quais acreditamos, responsáveis pelas nossas superficialidades. 

Desde os “primórdios” da educação, seja no ensino fundamental, no médio ou na universidade, o objetivo é a doutrinação, a adaptação ao sistema, e não a formação de seres pensantes. Vivemos uma democracia às avessas.

Em minha opinião, a falta de investimento em educação e cultura é intencional e primordial para a manutenção do mecanicismo atávico que, constantemente, é "revitalizado". 

Somos padronizados para a ignorância.

A democracia representativa é uma forma de totalitarismo por nós ratificada. 

Entregamos o poder nas mãos de quem nos convém ou "acreditamos", e, assim, nos eximimos do "ser" democrático.

Existimos como técnicos e não como alquimistas, como agentes modificadores, seres dialógicos e humanistas. 

Preferimos criticar as consequências, e acreditar em signos falaciosos da realidade, do que buscar a realidade factual, as causas primeiras, adquirir conhecimento por meio das ciências humanas e aplicá-las às técnicas.

Somos extensões das "máquinas" organizacionais, e digo mais, dos produtos ou serviços por elas confeccionados.

O totalitarismo ideológico de hoje é menos visível. Vivemos condicionados pela produção de signos, que nos "escravizam", e que nos fazem agir, inconscientemente, por meio deles.

Se todas essas organizações investissem mais em educação e cultura, teríamos mais desmistificadores e menos mistificados, mas não é do interesse delas que isso se perpetue, ou se consolide, não é mesmo?

Não vivemos uma democracia representativa, muitos menos participativa. Somos “vítimas” do totalitarismo "invisível".Somos superficiais por acreditarmos nos signos. Não são os signos, nos quais acreditamos, responsáveis pelas nossas superficialidades.
Desde os “primórdios” da educação, seja no ensino fundamental, no médio ou na universidade, o objetivo é a doutrinação, a adaptação ao sistema, e não a formação de seres pensantes. Vivemos uma democracia às avessas.
Em minha opinião, a falta de investimento em educação e cultura é intencional e primordial para a manutenção do mecanicismo atávico que, constantemente, é "revitalizado".
Somos padronizados para a ignorância.
A democracia representativa é uma forma de totalitarismo por nós ratificada.


Entregamos o poder nas mãos de quem nos convém ou "acreditamos", e, assim, nos eximimos do "ser" democrático.
Existimos como técnicos e não como alquimistas, como agentes modificadores, seres dialógicos e humanistas.
Preferimos criticar as consequências, e acreditar em signos falaciosos da realidade, do que buscar a realidade factual, as causas primeiras, adquirir conhecimento por meio das ciências humanas e aplicá-las às técnicas.
Somos extensões das "máquinas" organizacionais, e digo mais, dos produtos ou serviços por elas confeccionados.
O totalitarismo ideológico de hoje é menos visível. Vivemos condicionados pela produção de signos, que nos "escravizam", e que nos fazem agir, inconscientemente, por meio deles.
Se todas essas organizações investissem mais em educação e cultura, teríamos mais desmistificadores e menos mistificados, mas não é do interesse delas que isso se perpetue, ou se consolide, não é mesmo?
Não vivemos uma democracia representativa, muitos menos participativa. Somos “vítimas” do totalitarismo "invisível".

Fundamentos atávicos nos impedem de sermos sustentáveis

“A descoberta final é que somos fundamentalistas. Esses fundamentos são os sapatos com os quais caminhamos pela vida. Embora úteis, não deixam de ser uma superfície artificial que nos isola do solo vivo. Sair da construção desses fundamentos nos faz conhecer o alivio e a possibilidade de expansão. E aí, muito além do conforto do sapato, podemos conhecer o que é ‘santo’, o que é essencial.” Nilton Bonder

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Política governamental: discurso x ação

É evidente que, àqueles que regem este país, a ação e o discurso são atividades independentes.A ênfase está na retórica como meio de persuasão e convencimento, e não como forma de resolução das necessidades humanas.
A estratégica não é responder, replicar o que acontece, e o que pode ser feito. 
O principal instrumento usado pelos governantes dessa sociedade, quase sempre, tem sido a manipulação.
                           
                            

Debate ou embate de "ilusionistas"?


Época de eleições em que os debates contundentes e o marketing massivo são mais importantes do que a democracia participativa, vivemos como seres submissos, condicionados ao automatismo.

Desde os “primórdios” da educação, seja no ensino fundamental, no médio ou na universidade, o objetivo é a doutrinação, a adaptação ao sistema, e não a formação de seres pensantes. Vivemos uma democracia às avessas.

Em minha opinião, a falta de investimento em educação e cultura é intencional e primordial para a manutenção do mecanicismo atávico que, constantemente, é revitalizado. Somos padronizados para a ignorância.
A democracia representativa é uma forma de totalitarismo por nós ratificada. Entregamos o poder nas mãos de quem nos convém ou "acreditamos", e, assim, nos eximimos do "ser" democrático.

Existimos como técnicos e não como alquimistas, como agentes modificadores, seres dialógicos e humanistas. Preferimos criticar as consequências e acreditar em signos falaciosos da realidade, do que buscar a realidade factual, as causas primeiras, adquirir conhecimento por meio das ciências humanas e aplicá-las às técnicas.

Somos extensões das "máquinas" organizacionais, e digo mais, dos produtos ou serviços por elas confeccionados.

O totalitarismo ideológico de hoje é menos visível. Vivemos condicionados pela produção de signos, que nos "escravizam", e que nos fazem agir, inconscientemente, por meio deles.
Não vivemos uma democracia representativa, muitos menos participativa. Somos “vítimas” do totalitarismo "invisível".

É como se estivéssemos num show de ilusionismo, onde as imagens e a linguagem estão totalmente sob o controle de quem as opera. Assimilamos as construções das mensagens emitidas pelos grandes marqueteiros, os grandes manipuladores da realidade, e acreditamos naquelas com maior poder de convencimento. Votaremos nos signos e não numa crença efetiva, seja na democracia ou na capacidade dos candidatos de realizá-la. 

  
                                    


Passado o domingo, entregaremos nossos direitos democráticos nas mãos do melhor "ilusionista", e nos eximiremos da essência do "ser", para nos preocuparmos com aquilo a que somos direcionados, ou melhor, condicionados a ser: "animal laborans", em tempo integral.

Se os governos, sendo soberanos, investissem mais em educação e cultura, teríamos, cada vez mais, desmistificadores e menos mistificados, mas não é do interesse deles que isso se perpetue, ou se consolide, não é mesmo?

                           

                             
                                                  
                                                         

                                                      Abramos nossos olhos!



                                              

"(...) Precisamos disso, que se formem turmas de cidadãos e para mais, cidadãos bons, porque ainda que a palavra esteja gasta, há que reivindicá-la". José Saramago



terça-feira, 21 de outubro de 2014

Homenagem àqueles que se importam com o trabalho, e não aos que trabalham sem se importar

Dedico esta mensagem a todos os palestrantes, comunicadores, e aqueles que têm, em sua responsabilidade, o desenvolvimento humanístico.
Seja resiliente, dialógico, transparente e respeitoso com a vida, já que lida com seres humanos, enfim com vidas.
Transmita conhecimento, replique os seres pensantes, não dê margem aos replicadores egoístas, adeptos de ideias autômatos e atávicas.

As técnicas podem ser mais eficientes, se sofrerem mutações por meio da transmissão e compartilhamento de ideias que dão vazão ao aperfeiçoamento, ao desenvolvimento das estratégias de vida, das organizacionais, ou seja, da humanidade.

Seja altruísta, pense em suas necessidades, mas procure adequá-las, as expectativas de seus públicos, por meio da alteridade.
Enfim, faça um bom trabalho.



sábado, 11 de outubro de 2014

A técnica não determina nossas vidas, mas a condiciona

Pierre Lévy, um dos grandes pensadores da atualidade:
"uma técnica é produzida dentro de uma cultura. E uma sociedade encontra-se condicionada por suas técnicas, tecnologias".
Ele diz: condicionada, não determinada.
"O ciberespaço, dispositivo de comunicação interativo e comunitário apresenta-se justamente como um dos instrumentos privilegiados da inteligência coletiva (...)
O ciberespaço não determina automaticamente o desenvolvimento da inteligência coletiva, apenas fornece a esta inteligência um ambiente propício.
De fato, também vemos surgir nas redes digitais interativas diversos tipos de isolamento e sobrecarga cognitiva (estresse pela comunicação e pelo trabalho diante da tela). Dependência (vicio na navegação ou em jogos em mundos virtuais).
As verdadeiras relações não são criadas entre a tecnologia (que seria da ordem da causa: determinante) e a cultura (que sofreria suas consequências), mas sim entre um grande número de atores humanos que inventam, produzem, se utilizam e interpretam de diferentes formas a tecnologia". Aqui no caso, a digital.
Não são as minorias que se opõem as mídias digitais, e sim as organizações, cujas posições de poder, os privilégios, e monopólio, sobretudo em relação a soberania sobre a construção de mensagens, discursos e significados (signos) encontram-se ameaçados pela emergência dessa nossa configuração comunicacional.
Nem tudo que é feito nas redes digitais é bom. Seria tão absurdo quanto dizer que todos os filmes são excelentes.
A verdadeira questão não é ser contra ou a favor dessa tecnologia, mas sim reconhecer as mudanças qualitativas nas construções de significado interativas.
O ambiente inédito que resulta da extensão das novas redes de comunicação para a vida social e cultural.
Dessa forma seremos capazes de atrelar essa nova tecnologia dentro de uma perspectiva humanista, aliando a técnica ao conhecimento, de forma dialógica, interativa e democrática (principal característica das redes digitais).

A era da transparência: a projeção da marca por meio do fortalecimento institucional (identidade)

Na década de 90, a ideia de VENDER deixou de ser tirar pedido e distribuir mercadorias e passou a ser um sofisticado processo de sedução ao consumidor, criado por um conjunto de atividades de comunicação mercadológica.
Esse ciclo vem se esgotando desde o início dos anos 2000, quando a Europa e os EUA perceberam que o consumo pela sedução seria cada vez mais rejeitado dentro do organismo social, que a simples atração por um filme de publicidade deveria ser trocado por um relacionamento de franqueza, honestidade, respeito e dedicação entre seus Públicos de Interesse e a Marca.
Era um novo tipo de comunicação que nascia.
O Brasil está pelo menos 10 anos atrasado nesse assunto.
Aqui com o modelo de negócios da mídia, associado com a força das agências de publicidade, ainda se acredita que "a propaganda é a alma do negócio", ou seja projetar imagem, e não fortalecer identidade,
Eliminar a velha estrutura de Marketing para dar início a uma estrutura organizacional que se baseia no fortalecimento institucional, é a prova definitiva do caminho sem volta do processo de mudança das atividades de comunicação das empresas: alinhar todos os setores organizacionais ao modelo de negócios (cultura, valores, missão e visão)
O verdadeiro líder deve entender que seu real papel dentro da organização não será só o de ter ideias isoladas, mas, sim, o de analisar toda sua estrutura para fazer aquilo que a Marca necessita para tirar as empresas brasileiras do pensamento atávico advindo da metade do século XVIII e introduzi-las no Século XXI.
Acreditar que as soluções estão exclusivamente sitiadas no alto escalão é um erro.
Os líderes devem perguntar e não só dar respostas, pois quem está no dia a dia das operações tem mais conexão com a realidade dos fatos.

A intolerância e a falta de harmonia são consequências de fundamentos ortodoxos

Como seres humanos somos únicos, temos defeitos e qualidades, independentemente de etnia, credo e opção sexual.
Cabe a cada um ter a percepção para remover defeitos, agregar e potencializar valores.
A grande dificuldade dentro do organismo social está em respeitar as diferenças e romper com os tabus.
Para evoluir é imprescindível compreender a história, a cultura e a crença dos povos de forma dialógica e empírica.
A maldade é consequência da ignorância (preconceito), do egoísmo e da avareza de poucos.
A "cegueira" advém da crença social nos discursos e mensagens ideológicas e falaciosas, ou seja, na falta de entendimento ou negligência das causas primárias.
Deveríamos buscar o conhecimento humanístico, a essência das coisas.
“A descoberta final é que somos fundamentalistas. Esses fundamentos são os sapatos com os quais caminhamos pela vida.
Embora úteis, não deixam de ser uma superfície artificial que nos isola do solo vivo. Sair da construção desses fundamentos nos faz conhecer o alivio e a possibilidade de expansão. E aí, muito além do conforto do sapato, podemos conhecer o que é ‘santo’, o que é essencial.” Nilton Bonder

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Percepção


Ser Líder no sentido denotativo, significa exercer poder sobre o outro ou ter a prerrogativa sobre determinadas ações.
No mundo organizacional, esse significado, na maioria das vezes, é levado à risca, o que atrasa ou neutraliza o crescimento.
A hierarquia não pode ser utilizada para tomar atitudes isoladas.
O desenvolvimento deve vir da consciência coletiva, e não de decisões individuais.

O LÍDER deve direcionar ou mediar, e não ter atitudes ditatoriais ou totalitárias.
Quem está de fora tem percepções diferentes ou até melhores para as resoluções dos problemas.

A "grande" mídia dá o veredito


Vejo a situação de Patricia Moreira, como a de seu clube, o Grêmio, eliminado da Copa do Brasil pelo "ato de racismo”, que o sensacionalismo de fatos fúteis, em detrimento daqueles que devastam nações, têm projeções que não condizem com a verdadeira função da imprensa: informar, reportar e esclarecer os fatos à opinião pública.
Na maioria dos casos, a irresponsabilidade dos formadores de opinião é evidente, não se importam com a imagem e reputação de seres humanos e organizações.

A "grande" mídia influência a opinião pública de forma geral, inclusive o poder legislativo, executivo e judiciário.
Patricia foi acusada de racismo por ter chamado  o Aranha, jogador do Santos, de “macaco”.

Num ímpeto impulsivo de torcedores fanáticos, por mais ofensivas que pareçam as frases por eles proferidas, não se configuram, em minha opinião, como práticas efetivas de preconceito racial.
Quantos de nós, num happy hour, nas rodas de amigos, no auge da euforia, em festas de família, contamos piadas preconceituosas sobre gays, negros, portugueses, etc?

A garota serve de "bode expiatório", teve sua imagem e reputação prejudicada por aquilo que a imprensa potencializa como um caso grave de preconceito.
O foco está em Patricia e não no genocídio praticado ao povo miserável islâmico que, apesar do extremismo, é grande vítima do poder inexorável do capitalismo e seu maior representante, os EUA.

                        

Não que seja correto e concorde com a máxima: "olho por olho, dente por dente", mas quando um membro do Hamas é projetado, exclusivamente pela mídia, como vilão ("Obama, enquanto continuarem matando nosso povo, faremos o mesmo com o seu"), vejo que a estratégia midiática é desviar nossa atenção das causas realmente importantes para "espetacularizar" o irrelevante.

                   
                     

Mesmo conhecendo a cultura do povo islâmico, a causa da guerra não é religiosa, mas, sim, política e econômica, graças à ambição do governo americano. O cerne dos preconceitos e das indiferenças está nos signos que as organizações de poder criam.
A perspectiva preconceituosa e racista não é "acidental", muito menos o resultado de uma tradição.
O "estrangeiro" sempre funcionou como uma espécie negativa, a uma perspectiva exacerbada pelos Estados, como componente fundamental à elaboração de um mecanismo criador de identidades falaciosas e excludentes.

Como diz Dawkins1: "uma das razões para o grande apelo exercido pela teoria da seleção de grupo talvez seja o fato de ela se afinar completamente com os IDEAIS MORAIS E POLÍTICOS partilhados pela maioria de nós. Como indivíduos ou organizações, não raro, nos comportamos de forma egoísta (identidade). Nos momentos idealistas reverenciamos e admiramos aqueles que colocam o bem-estar dos outros em primeiro lugar (imagem)".
Continuemos ridicularizando a "grande vilã" Patricia, e esqueçamo-nos do "ser" político e democrático.
O que importa é o "shownalismo".
“A descoberta final é que somos fundamentalistas. Esses fundamentos são os sapatos com os quais caminhamos pela vida. Embora úteis, não deixam de ser uma superfície artificial que nos isola do solo vivo. Sair da construção desses fundamentos nos faz conhecer o alivio e a possibilidade de expansão. E aí, muito além do conforto do sapato, podemos conhecer o que é ‘santo’, o que é essencial.”
Nilton Bonder 2

DAWKINS,Richard – O Gene Egoísta 8ª. Ed. Companhia das Letras, 2013. Dawkins é etólogo, biólogo evolutivo e escritor britânico. Fellow emérito do New College , Universidade de Oxford.
Rabino Nilton Bonder é escritor reconhecido nacional e internacionalmente como pensados nas áreas de humanismo, filosofia e espiritualidade.

Fonte: Aberje

Valores são adquiridos, não são natos



No final do mês de julho, eu e minha noiva, voltando das férias em NYC, tivemos uma experiência negativa num primeiro momento, seguida de alívio, graças ao otimismo e à confiança que temos pelos serviços da companhia aérea em que viajamos.

Eis que, ao chegar em casa (algumas horas depois), demos conta da nossa distração, tínhamos esquecido o IPad no avião.
Após uma breve angústia, ligamos para a TAM e solicitamos que o procurassem, caso a aeronave ainda estivesse em solo. Algum tempo depois, nos comunicaram que o haviam encontrado.

Apesar de achar que tal comportamento seja obrigação de qualquer cidadão ou organização, pois fui educado para não pegar aquilo que não é meu, não acredito que tenha sido apenas uma atitude tomada pelo subjetivismo de um colaborador isolado. 


Nos demos “apenas ao trabalho” de voltar a Guarulhos para buscá-lo. Neste momento, no nível institucional, seria importante, a meu ver, prestar o serviço de entrega a domicílio.



Benchmarking nesse tipo de serviço indireto (que não esteja ligado diretamente ao serviço, ou produto), apesar de atuarem em segmentos diferentes, é o Grupo Porto Seguro.

Não é uma obrigação, no entanto traria comodidade e mais satisfação ao cliente, demonstraria altruísmo e alteridade por parte da empresa. Como resultado, creditaria mais valor à marca, porque com o tablet recuperado, postaríamos, na página da companhia, além do simples elogio que deixamos, a gentileza, para que constasse de forma pública, atitude que serviria de referência a outras organizações.

Imediatamente, houve inúmeras “curtidas”, mais um sinal claro de que a sociedade, com o advento das mídias sociais, torna-se, cada vez mais, credora de compensações.

O retorno da TAM, agradecendo pelo post e pelo privilégio de nos ter como clientes, de forma educada e imediata, demonstra que o monitoramento estratégico das mídias sociais projeta imagem positiva.

Vivemos em uma sociedade (cidadãos e organizações) que inverte valores e racionaliza verdadeiros absurdos para justificarem posicionamentos negativos.

Uma organização que apura, investiga e diagnostica toda sua cadeia de valores, consegue planejar, implantar e executar ações estratégicas que fortaleçam sua identidade, além de servirem de benchmark (referência) aos seus concorrentes, colaboradores e todos aqueles inseridos no organismo social, por meio de um processo de Compensação e Recompensa.

O resultado, advindo do fortalecimento da identidade, remove defeitos, agrega valores, protege e fortalece a imagem de forma mais eficiente e segura. A estratégia é pensar e agir com simplicidade. Pensamento que gera comportamento ético, transparente e eficaz.

O problema é que, como se fossemos hospedeiros, herdamos o parasitismo atávico que nos prende ao hedonismo, em benefício próprio, em detrimento do nosso entorno.