terça-feira, 21 de maio de 2013

Blá, Blá, Blá institucional? Será?

Em recente artigo, denunciei o comportamento mecânico e determinista com que uma empresa vem tratando seus clientes. No caso, eu fui vitima deste tipo de gestão.
Com a repercussão do texto, através de sua assessoria de imprensa, a organização logo se manifestou e resolveu o "meu problema", a partir do momento que sua imagem passou a ser prejudicada.

No facebook, o dono da agência me disse o seguinte: 

 "Com o esquema de competitividade, montado pelos acionistas em cima de sua força de trabalho, isto de motivação me parece nada mais que blá blá blá bem intencionado, mas irrealista.
Outro dia, uma amiga executiva disse que o presidente da empresa, onde ela trabalha, pediu aos diretores que lhe fizessem críticas. Se animou, disse que tinha algumas e estava pensando em falar. Perguntou o que eu achava. Falei: não seja louca, minha cara, isso é discurso da boca para fora. Mas me diga, alguém falou alguma coisa ? Não, todo mundo ficou quieto, só tinham elogios... Claro, quem quer arriscar seu emprego a troco de blabláblá institucional, quando a real é um comendo o outro, estimulados totalmente pela organização da empresa e seus acionistas?"

Blá, Blá, Blá institucional? Será?


Muitas organizações acreditam, ainda, que a imagem é a "alma do negócio", pois acham que a sociedade, não a tem. Digo no sentido psíquico, moral e intelectual dos seres humanos. Numa democracia às avessas, a imagem é tudo e a identidade é nada.

Foi assim em tempos remotos, sem citar o regime militar, quando a liberdade de expressão era totalmente cerceada. Muitos resistem ao "poder" de liberdade conquistado pela sociedade em rede, principalmente as instituições públicas e privadas quando se sentem ameaçadas.

Isso fica evidente na matéria recente veiculada no Estadão, "Protestos nas redes sociais vão parar na Justiça".

A sociedade hoje tem condições de argumentar e contestar comportamentos espúrios das organizações.

Essas atitudes têm incomodado e, mesmo que lentamente, já se percebe mudanças pontuais advindas de grandes corporações, que vêem o capital humano como primordial para a geração de valor, sejam das marcas, produtos ou serviços. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Só ouvem a nossa voz quando cobramos soluções pelas redes sociais Sky nunca mais


Após um ano de perturbação diária, para não dizer pressão psicológica, a empresa Sky resolveu o meu problema.


Bastou a repercussão, nas redes sociais, do artigo, “Gisele Bündchen não reflete identidade corporativa da Sky”, para que, imediatamente, resolvessem o “mal entendido”.
Sabem como?  Fácil!
Não temos sentimentos, nervos, emoções.

Simplesmente, o débito de R$34,84, com o desconto de 40%, que me cobravam incansavelmente, fora a ameaça de negativação do meu CPF, foi  finalmente entendido pela SKY como indevido.

Recebi pela manhã comunicado por e-mail da empresa com a seguinte afirmação:

“Realizamos o cancelamento da assinatura cadastrada sob o código n° ..........
 Salientamos que a referida assinatura não  possui valores em aberto”.

A empresa percebe o comprometimento de sua imagem e resolve imediatamente o problema?

Sofri durante um ano a pressão e o incomodo diário. 

Como ficam os danos morais? São Ignorados?

Como a mim, a Sky sentiu,  porque hoje temos voz,  temos o “poder”,  possibilitado pelas redes sociais que passaram a ser grandes ágoras digitais, onde realmente podemos pleitear, reivindicar, interagir e nos impor  frente aos abusos, sejam eles de origem publica ou privada.


Ricardo Bressan
      

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Gisele Bündchen não reflete identidade corporativa da Sky


A técnica mecânica


A beleza, a imagem de Gisele Bündchen não reflete a identidade corporativa da empresa Sky.

Há um ano mudei de endereço e cancelei a assinatura, mesmo assim, ela continua fazendo exaustivamente uma cobrança de R$39,84. 

Eis as mensagens que todo dia recebo: 

“Caro cliente Sky, evite a negativação do seu CPF. Ligue 10611, digite seu CPF no atendimento eletrônico e consulte nossas condições”.

Eis o que respondi:

“Conforme orientação jurídica não efetuarei o pagamento, tendo em vista que a cobrança é indevida, já cansativamente explicado. O cancelamento foi feito há quase um ano. Peço, gentilmente, que parem de me perturbar, ou tomarei as medidas cabíveis, processando a empresa por danos morais”.
O que me surpreende, pois trabalho com comunicação corporativa, é uma empresa investir massivamente em imagem, sendo que o que passa para seus clientes, não condiz com o que verdadeiramente é.   
     

A técnica e o humanismo


Enquanto a comunicação institucional não for encarada pelas empresas como algo crucial ao andamento dos negócios, não estiver intrínseca a gestão, elas chafurdarão na própria prepotência e arrogância de um modelo atávico que advém da revolução industrial.

Organizações devem primeiramente estar cientes de que, nos dias de hoje, o resultado financeiro é consequência da transparência, do respeito, da valorização do ser humano que está inserido em todos os públicos de interesse da empresa. Eles não são máquinas, nem números. Geram valor ao negocio, quando notam a boa reputação corporativa. Dai a importância da comunicação em transmitir mensagens-chave positivas que sejam reflexo da identidade empresarial.  

As instituições devem ser transparentes com seus stakeholders, usando os canais de comunicação mais eficazes a cada um deles. Valores (ética) são imprescindíveis para o bom resultado de uma empresa. Muitas delas, no entanto, não veem neles importância estratégica para a evolução organizacional e, consequentemente, como valoração da marca, produto ou serviço. Os resultados financeiros advêm da identidade, reputação institucional e não somente da imagem. Eles vêm do comportamento frente aos seus públicos de interesse.

Numa democracia, a instituição que não enxergar a integração entre identidade e imagem está fadada ao fracasso. Não existe ética sem respeito e respeito sem ética.
A comunicação deve ser utilizada na integração entre as áreas organizacionais, na unificação dos valores, missão e visão empresariais. Enquanto, as estratégias comunicacionais forem utilizadas como reflexão de marketing, extremamente comerciais e técnicas e não embasadas num modelo humanístico, serão fracassadas.

A técnica numa linha tênue com a democracia ameaça empresas que se acham inatingíveis. A internet utilizada COM FINS DEMOCRATICOS E HUMANÍSTICOS dá condições à verdadeira liberdade de expressão que repugna veemente as atitudes espúrias do poder, seja ele público, ou privado.

Ricardo Bressan