quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Narrar como ética


Na história humana é difícil dissociar a comunicação e suas narrativas de uma série de ritos onde as pessoas institucionalizam e formalizam as suas relações com outras pessoas, organizações dialogam com outras organizações e, de maneira transcendente, o profano fala com o sagrado.  Dito de uma outra forma, a comunicação em suas diferentes maneiras e narrativas depende, para se efetivar, do lugar onde se realiza, seja no entorno de uma fogueira, no interior de uma caverna,  do ambiente da casa ou do restaurante, das dimensões do espaço de shows ou da amplitude do estádio. A narrativa e sua memória estão ligadas ao lugar, como arquitetura e espaço do rito, como demonstrou mitologicamente o poeta grego Simônides (556 a.C. — 468 a.C) e, na contemporaneidade, os seus esquecimentos e apagamentos são devidos aos não-lugares, como conceituado por Marc Augé¹.


Podemos, ainda, ampliar esta ideia e acrescentar a dependência do que se quer comunicar dos inúmeros  formatos das mesas, onde se senta para falar.  E, também, pensar que a díade rito-ritual são complementares, sendo que ela conforma e estabelece narrativas embasadas em aspectos históricos, políticos,  econômicos, artísticos, tecnológicos e religiosos, entre outros, de cada época, sociedade, empresa ou instituição onde acontecem. Donas de casa, políticos, religiosos, professores, torcedores, amantes, marqueteiros e nerds produzem intencionalmente ou não narrativas alimentadas em mitologias imemoriais ou em totens tecnológicos. 

Olimpíadas como mega ritos alimentaram o crescimento do nazismo e a disseminação de suas narrativas, nos anos 1930, e já alimentam a ideia de um Brasil desenvolvido, em 2016. São essas marcações e intenções culturais sobre o que se ritualiza que, no limite, fazem com que uma comunicação entre milhões de pessoas ou entre duas pessoas transcenda de seu pequeno espaço e seja uma conversa para e com toda a humanidade.  

Em uma dimensão que passa quase sempre por ritos e suas consequências potenciais - como a comensalidade, a convivência, a consensualidade, a conversão, a conversação, a colaboração,  a conspiração, o conflito, o luto... -todo o ato de narrar é um gesto ético. Alberto Manguel lembra que “a maioria de nossas funções humanas é singular: não precisamos de ninguém para respirar, andar, comer ou dormir. Mas precisamos dos outros para falar, para que nos devolvam o que dissemos”². Acrescento ao pensamento de Manguel a esperança de que nessa devolução essencial possamos entender pelas narrativas dos outros a nossa 
identidade e os que nos diferencia do mundo.
¹ - AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, 1994. (Coleção Travessia do Século).
² - MANGUEL, A. A cidade das palavras. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 

por Paulo Nassar

diretoria@aberje.com.br

Comunicação Organizacional: tirar o Planejamento Estratégico do papel


Por Marília Lobo

 Certamente você já ouviu que mais complexo do que desenvolver é implementar o Planejamento Estratégico. Sim, mesmo em tempos de muita informação, a dificuldade ainda é grande em garantir a assimilação e, principalmente, a prática das propostas do planejamento junto aos mais diversos públicos que se relacionam com a empresa.


Hoje, o tema não é mais tratado como confidencial e mitificado em suas complexidades, o que afastava as pessoas das estratégias e crenças para o crescimento, recuperação ou entrada em novos mercados. No entanto, faltam ainda, como parte do Planejamento, Modelos de Comunicação convergentes com os propostos na área da Administração de Empresas. Busca-se, portanto, lançar um olhar crítico para os elementos que unem esferas do conhecimento e que, quando tratados de forma isolada, comprometem o sucesso e os resultados desejados.  Leia mais

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédia em Santa Maria: Comunicação não é discurso, é fato




A tragédia de Santa Maria causa comoção, solidariedade e tristeza em todo o país e repercute em todo o mundo.

Os meios de comunicação, principalmente, a grande mídia explorarão ao máximo o fato durante toda a semana, como acontece normalmente em casos que despertam  emoção e apreensão da opinião pública 

Por mais dolorosa que seja, a morte de 231 jovens, em sua maioria, universitários, esse artigo tem como objetivo discutir a atuação da mídia em relação aos fatos.

Em casos assim,  o sofrimento é transformado em especulação e suspeitas , pouco se preocupa com os fatos. A realidade é recheada de comentários e opiniões, na maioria das vezes irresponsáveis a favor do “espetáculo” midiático. Quem culpar? Seguranças? Os órgãos públicos que não cumpriram com a devida fiscalização, quanto ao funcionamento do estabelecimento?   Os donos da casa?  Os músicos?

Nada disso é mais importante do que a assistência psicológica as vitimas do acidente. A mobilização de toda uma sociedade chocada, para com as necessidades das vítimas hospitalizadas que necessitam de doações de sangue.

As autoridades devem apurar corretamente o caso, sem tomar atitudes precipitadas. Esvaziar a realidade de conteúdos opinativos e tendenciosos. O papel de nós comunicadores é relatar fatos e não construções e discursos, que se apoiam em testemunhos e suspeitas, levados pela emoção do ocorrido. Comunicação não é retórica, como tenho visto nas coberturas jornalistas.

A precipitação da mídia que forma a opinião pública incluem advogados, delegados, promotores, juízes, ou seja, toda a sociedade, causando danos irreversíveis aos “prováveis” culpados, que tardiamente, depois de terem a imagem denegrida, dificilmente conseguem recuperar a reputação.

“Um dos donos da boate Kiss, que pegou fogo na madrugada de domingo (27) em Santa Maria, e dois músicos da banda que se apresentavam  na hora em que começou o incêndio foram presos na manhã desta segunda-feira. Os pedidos de prisão, de caráter temporário de cinco dias, foram decretados pelo juiz Regis Adil Bertolin.
Um caso emblemático da irresponsabilidade da mídia que causou danos irreparáveis aos prováveis culpados, foi o da Escola Base, no município de São Paulo, fechada em 1994 quando seus proprietários e uma professora foram injustamente acusados de abuso sexual contra alguns alunos de quatro anos.
O chamado Caso Escola Base envolve o conjunto de acontecimentos ligados à cobertura considerada parcial por parte da imprensa, e as atitudes precipitadas e muito questionadas por parte do delegado responsável pelo caso, que supostamente teria agido pressionado pela mídia televisiva e pelas manchetes de jornais.   


Poderia emitir minha opinião em relação ao ocorrido.  O que acho das atitudes dos seguranças, como a do músico que disparou o sinalizador. Como jornalista não é essa minha função.  
Ricardo Bressan


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Inscrições foram prorrogadas para o MBA Aberje/ESEG em Gestão da Comunicação Empresarial





As inscrições para o MBA em Gestão da Comunicação Empresarial, resultado de parceria entre Associação Brasileira de Comunicação Empresarial/Aberje e Escola Superior de Engenharia e Gestão/ESEG, foram prorrogadas até o dia 4 de fevereiro de 2013 para a turma marcada para março. O curso, em nível de especialização, é uma oportunidade para profissionais de Comunicação entenderem o papel estratégico dessa área nas modernas organizações e atuarem na gestão da comunicação baseados nas melhores práticas das organizações-líderes de mercado. 

A grade curricular busca contribuir para a evolução na atuação gerencial e atualização tecnológica, bem como uma preparação para novas posições. Vão ter 430 horas de atividades, numa duração média de três semestres consecutivos – a depender do número de aulas por mês. Com características inovadoras, o curso traz diversos novos elementos na sua metodologia, indo muito além dos cursos convencionais. As aulas podem ser semanais ou quinzenais.

O processo seletivo será realizado por meio de análise de currículo e entrevista com o coordenador do curso, sendo selecionados candidatos que apresentem conhecimentos e habilidades para acompanhar as aulas com sucesso. Terá prioridade o candidato que tenha alguma experiência profissional. O Certificado de Conclusão do MBA é emitido pela Escola Superior de Engenharia e Gestão - ESEG, mantida pelo Grupo Educacional ETAPA, em parceria com a Aberje. Para mais informações, consulte www.aberje.com.br/mba . Ou então, entre em contato pelo email secretariamba@aberje.com.br  e ainda no fone 11-3662-3990 ramal 244 com Fabiany Menegossi.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Utopia? As 40 empresas mais democráticas do mundo em gestão


Companhias sem chefes, empregados que escolhem o que fazer no dia?

Sede da Zappos, em Las Vegas, Estados Unidos


















Sede da Zappos: varejista online incentiva a transparência na divulgação de metas e resultados


Imagine trabalhar em um lugar sem chefes, onde você é avaliado por seus colegas. Ou escolher o que você quer fazer naquele dia. Ou votar, a cada ano, quem serão os diretores – incluindo o diretor-geral – de sua companhia. 
Utopia? Viagem? Comunismo? De modo algum. Há empresas que estão levando ao extremo as experiências de tornar a gestão mais democrática e transparente.; style="color: white; text-decoration: initial;" target="_blank">A ONG americana WorldBlu
, fundada em 1997, selecionou 48 exemplos de gestão revolucionária e transparência. Descontando oito ONGs citadas, sobram 40 empresas privadas. Veja, a seguir, quais são e o que fazem:

Achievers
Sede: Toronto, Canadá
Setor: Softwares
Destaque: a Achievers é reconhecida pela capacidade de delegar, claramente, as tarefas a todos os funcionários. A cada ano, a diretoria define, após ouvir empregados, clientes e gestores, o que cada um fará – com direito ao nome de todos ao lado do que lhe cabe.

Axiom News
Sede: Ontário, Canadá
Setor: Mídia
Destaque: descentralização é o destaque da agência de notícias Axiom News. Os jornalistas são livres para escolher sobre o que vão escrever, em que formato, e quando. Os textos são revisados pelos colegas, ao contrário das redações tradicionais, onde um chefe (o editor) tem essa função.

Barrett Values Centre
Sede: Asheville, EUA
Setor: Consultoria
Destaque: a Barrett Values Centre investe na liberdade de escolha dos funcionários para cursos e treinamentos. De ioga a photoshop, de MBA a estudos sobre a matriz energética, a gama de cursos à disposição é grande.


Fonte: Exame














sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Senado investe em canais para participação do cidadão - Será?


O Senado continua investindo em canais para que o cidadão tenha a oportunidade de manifestar sua opinião e influenciar nas decisões da Casa. Além da possibilidade de entrar em contato com cada senador, por meio de telefones e e-mails disponíveis no portal do Senado, o eleitor pode opinar sobre matérias em tramitação, participar de debates ao vivo e até propor alteração em projetos de lei.
Um dos canais de participação popular é o Portal e-Cidadania, um instrumento de interatividade criado para aproximar a população do Poder Legislativo. Desde que foi lançado, em maio do ano passado, o e-Cidadania já recebeu mais de 200 propostas de lei e cerca de 140 sugestões de debates.
O processo para apresentar uma ideia é simples: basta preencher formulário disponível no portal, que não exige conhecimento de técnica legislativa. Também não é preciso se identificar. Depois de apresentada, a proposta passa por uma avaliação técnica para verificar sua constitucionalidade e se há duplicidade com projeto de lei ou legislação em vigor.
Em dezembro, entraram no ar novos serviços do portal, para permitir ao cidadão comentar projetos de lei em tramitação e participar, a distância, das audiências públicas promovidas na Casa.
 "Será só imaginação? Será que vamos conseguir vencer?"  Renato Russo

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mais do que um conceito, a SUSTENTABILIDADE é um processo evolutivo da sociedade


                                 


Reformulações do capitalismo
A crise de 2008 nos EUA e a mais recente que atingiu a Europa não demonstram que o capitalismo é um regime falido, já que todos os outros se mostraram ineficazes, mas  que necessita de ajustes e reformulações ao que tange cultura, valores, missão e visão. E por que não focá-las em práticas para Sustentabilidade?

O princípio do capitalismo
A partir da Revolução Industrial a burguesia toma o poder  e tem como marco a queda da Bastilha. Assim, implanta-se um novo regime político, econômico e social,  definido por Karl Marx como a exploração do homem pelo homem. Para ele visto como extensão da máquina. Nesse regime, exatamente, nesta época, pouco se preocupava com trabalhadores, comunidades e meio ambiente. O que importava eram os resultados, gerados pela mais valia (valor de uso). O Estado pouco intervinha. Eles eram o Estado.

Fim do capitalismo selvagem
Marx não pode presenciar as consequências que viriam a resultar no Materialismo dialético, concepção filosófica  que demonstrava as contradições internas advinda do regime capitalista e que culminaria na reação e mudança do poder do Estado e das corporações, essa representante do capital. Sendo assim, retrocedem devido ao desgaste do regime frente à exploração da sociedade que resulta em reações populares.

Seguida das duas grandes guerras, a revolução industrial surtiu aparente e decisiva influência no surgimento e fortalecimento das demais formas contemporâneas de autoritarismo de Estado e das corporações, devido aos interesses políticos e econômicos.


Como toda ação tem uma reação, como teve a burguesia no século XVIII, a partir de 1960, surgem movimentos sociais contra as ditaduras militares, que no Brasil perdurou até a metade da década de 80 com a queda do regime e o começo de um governo “democrático”. Nesta fase, fossem pelas reivindicações ou lutas armadas, consolidaram-se  algumas conquistas.

Na Paris de 68 a revolução estudantil junto ao operariado e a revolução feminista conseguiram corroborar as contradições das proposições do poder, quanto à exploração das minorias. Essas ações fizeram com que a burocracia de Estado e o poder de persuasão da burguesia recuassem e cedessem a algumas reivindicações sociais.

Apesar dos meios de comunicação verticais (TV, rádio, impressos e cinema) terem influenciado a opinião pública, muitos não se deixaram levar pelos signos (construções ideológicas) da grande mídia da época. Portanto, as mudanças vieram de baixo. Ao perceberem que estavam sendo lesados pelo autoritarismo burocrático, sentiram-se estimulados a organização de movimentos populares.

Caminho para o capitalismo sustentável 
Não se diferenciando dos outros movimentos, o ecológico cresceu muito nos anos 60, ligados diretamente ao meio ambiente.

Para os herdeiros dessa época, o ambientalismo e as ONGs, hoje, têm grande influência nas decisões, sejam elas as das corporações, ou as do Estado. A preocupação quanto ao meio ambiente tomou maiores proporções.

As reivindicações ampliaram-se aos colaboradores, acionistas, comunidades afetadas, ou seja, todos os setores da sociedade. Tem-se assim, uma mudança semântica que da significado a essa evolução, a Sustentabilidade.

As práticas tayloristas e fordistas começam a perder força. A gestão fica a cargo de administradores profissionais que substituem o subjetivismo da administração familiar.

Frente ao capitalismo, movimentos de esquerda exauridos abraçam a causa ambientalista. A partir daí, mais exatamente nos anos 80, surgem os movimentos ambientalistas organizados.

As corporações, principais representantes do capitalismo, começam a se adaptar as sanções das leis e a alguns interesses dos ambientalistas, preocupadas, principalmente, com a reputação e a imagem organizacional.

Consumidores, comunidades e acionistas passam a fazer maior pressão sobre as ações corporativas no final da década de 80.

Hoje,  com a força das redes sociais, onde existe um ambiente interativo (transversal) de comunicação, todos produzem e trocam conteúdos. A grande mídia – mesmo que ainda seja a grande formadora de opinião – e as corporações começam a repensar seu posicionamento perante a sociedade, já que ela   passa a se informar por meios que, geralmente, mostram a realidade das organizações, do Estado, sem que o interesse desses intervenha na produção e veiculação das informações.

Os interlocutores nas redes sociais são pessoas comuns. Produzem conteúdos, que viralizam em minutos, muitos deles, contestações furiosas contra decisões ou ações estatais e corporativas.

As empresas continuam as mesmas. Buscam o lucro, mas como diferente do passado, veem-se preocupadas com os novos gatekeepers.  Muitas delas, já vêm mudando  valores e culturas, ou seja, processos e operações que respeitem seus stakeholders ou públicos de interesse. Elas estão cientes que lidam com um ambiente mais crítico, seja no aspecto mercadológico e institucional, que as obrigam a serem mais transparentes, caso não queiram perder o market share que com tanto trabalho conquistaram. 

No entanto, vemos corporações aderirem a “sustentabilidade” ou a utilizarem como forma de marketing (greenwashing), não preocupadas com  a mudança de cultura e valores, mas somente com seu potencial competitivo.

A mudança, desde a década de 60, acontece por pressões externas, sejam das ONGs ou da sociedade organizada e não por altruísmo e crença das organizações na responsabilidade social e ambiental.

As mudanças por mais lentas que sejam estão acontecendo. Já existem lideres sustentáveis como mostra o livro de Ricardo Voltolini “Conversas com líderes sustentáveis”.

A inteligência está em nós comunicadores e a sociedade organizada passar às novas gerações (futuros lideres corporativos), os valores que agregam uma empresa que tem práticas sustentáveis. Que enxerguem a sustentabilidade como forma de preservar o planeta, junto ao seu potencial competitivo, mantendo o equilíbrio ambiental, social e financeiro.

Num futuro próximo, a sustentabilidade será regra na estratégia corporativa, estará no core das empresas. No cerne organizacional.

No presente, lutamos para conscientizar corporações que  mantém processos e operações condenáveis, não só pelas leis, mas, também, pelas comunidades e todos os públicos de interesse afetados.

É impossível incutir uma ideia nova numa mente fechada. O foco está na nova geração, na sua conscientização,  para uma nova cultura que forme líderes sustentáveis.              

      
      

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Atitudes precipitadas dificultam posicionamentos pós crise




Paráfrase a parte, “como o vento de um tufão arrancasse meus pés do chão, onde eu já não me enterro mais”, verso de a “A Paz”, composição de Gilberto Gil, levou-me a um devaneio.

Algumas corporações devem se sentir assim, quando se veem em meio a crises, logo que veiculadas pela grande mídia e que hoje, geralmente, iniciam-se nas recentes redes sociais.
Aí vem o pior, ou se posicionam equivocadamente – caso Chevron, por exemplo – devido ao autoritarismo da liderança ou pela inabilidade da área de comunicação que, geralmente, não possui um planejamento estratégico para gestão de crises.

Muitas organizações quando se preocupam em intervir na resolução do caso, atitudes, anteriormente, precipitadas dificultam posicionamentos pós crise com o propósito de  reportar  a opinião pública, de forma clara, sem ruídos, ou seja, modificações em processos ou operações que não venham a repetir o problema.

Atitudes low profile e um relacionamento frio com as mais diversas mídias são características que acompanham esses tipos  de corporações.

Essas crises geram impactos aos stakeholders, públicos de interesse afetados pelas operações e processos das organizações, sejam eles colaboradores, acionistas, fornecedores, comunidades ou clientes.

Organizações que investem em gestão do conhecimento e têm planejamentos estratégicos bem definidos: estratégia de gestão e liderança conectadas aos valores, missão e visão corporativas geralmente não necessitam enfrentar um pós-crise com grandes complicações ou até risco de fecharem suas portas.

No planejamento estratégico defini-se – no ponto de vista do autor – a forma de compreender conflitos de poder na organização e funcionamento da família organizacional, das relações humanas dentro do ambiente corporativo.

A partir deste conceito a política é a interferência no conflito fundamental entre os colaboradores: liberdade X autoritarismo nas relações produtivas de cada setor da empresa.
Trabalhando, quase que exclusivamente o conflito entre os níveis hierárquicos e setoriais das corporações é garantida a liberdade, a satisfação pessoal e coletiva e os problemas criativos e de produção são minimizados, ou se resolvem completamente, evitando, assim, possíveis crises.