segunda-feira, 21 de maio de 2012

Comunicação empresarial como elemento estratégico de gestão


Na era do conhecimento, algumas empresas já enxergam a importância de valorizar a inteligência humana como primordial a saudabilidade e a valorização das suas marcas, produtos ou serviços. 

O processo produtivo, entendido como capital x trabalho, ou seja, a valorização da máquina e do homem como parte dela, já não se sustenta mais. Nos dias de hoje, as atenções e os investimentos não devem se ater somente a comunicação mercadológica, mas também, no desenvolvimento dos colaboradores,  detentores de informação e conhecimento. 

No entanto, as ações que encaram a comunicação como elemento estratégico nos processos da empresa, ainda, são pífias. Mesmo enxergando essa importância, muitas organizações continuam atreladas a posições autoritárias e discriminatórias, em relação às críticas e divergências dos seus colaboradores e demais públicos de interesse.


Sendo assim, não existe inteligência em uma organização não democrática, a não ser que se percebam os prejuízos que acarretam ou acarretarão a sua estrutura e resolvam, a partir das lideranças, reverem seus valores, missão e visão. 
Nós comunicadores podemos contribuir para fortalecer o debate, demonstrando os prejuízos que uma empresa não democrática pode ter, em uma sociedade que, já não é tão submissa aos desmandos e arrogância das organizações.
Empresas que não priorizam o valor de uma auditoria de imagem como estratégica, portanto, como diagnóstico e feedback para a resolução de deficiências, seja ela de caráter interno ou externo, podem ser, a médio e a longo prazo, vitimas de suas negligências.
O fundamento da gestão da comunicação estratégica está na valorização da troca de informações, cujos colaboradores participem como emissores e não só como meros receptores de informações hierarquizadas. Para isso, é imprescindível usar os canais de comunicação de forma interativa, colaborativa e segmentada.

Ricardo Bressan


 

 

 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Publicidade não reflete a identidade corporativa




A construção da imagem depende de aspectos subjetivos, a qual se molda através de relações interpessoais, informações de terceiros e da mídia. Depende da visão de mundo, do acesso as informações, da formação cultural e interesse de cada grupo ou pessoa.

Quase sempre, o que se vê é a identidade corporativa, como reflexo da imagem mercadológica, ou seja, a comunicação publicitária e de marketing como as principais formadoras de opinião no que tange a reputação organizacional. Portanto, reduzem a complexidade da identidade corporativa, a qualidade do produto ou serviço.

A identidade visual, infelizmente, está longe de ser sinônimo da identidade organizacional. Ela é simbólica e construída com o intuito de seduzir, induzir e convencer os receptores a enxergarem a empresa de forma positiva. Já, a identidade corporativa é o que ela realmente é, e normalmente, com raras exceções, a identidade visual reflete a organizacional, pelo contrário, em muitos casos, chega a ser antagônica.

Nos dias de hoje, uma empresa que preza pela imagem e, conseqüentemente, pela reputação, conduz a cultura organizacional, sua visão e missão a uma relação de igualdade e respeito a todos os stakeholders. Portanto, uma cultura que integra e unifica as ações éticas, de responsabilidade social e gestão ambiental, no que tange a imagem institucional, e concilia essas ações com as mercadológicas. 


Ricardo Bressan


Os NOVOS GATEKEEPERS da COMUNICAÇÃO



Com a ascensão das redes sociais como canal de comunicação transversal, as organizações começam amadurecer para o relacionamento com seus públicos de interesse ou nicho de atuação, nessas plataformas.
A utilização correta dessas ferramentas demanda conhecimento, estratégia, ou seja, amadurecimento e na maioria dos casos, uma mudança contundente na maneira de vislumbrar a comunicação corporativa.

Hoje é fato, os meios de comunicação, exclusivamente, as mídias digitais se caracterizam pelo seu viés democrático. A informação, tanto na produção, quanto na distribuição, deixou de estar, exclusivamente, a mercê da ideologia da grande mídia e de seu verticalismo. No ambiente digital as ideologias se amalgamam e dispersam-se em nichos, diferente da centralização das mídias tradicionais.

Já são milhares de pessoas que saem da submissão induzida e da ditadura dos gostos, 90% dos internautas já compraram online e 30% são adeptos e ativos desse tipo de comércio.

No entanto, muitas organizações que se embrenham na complexidade dessa realidade, não se dão conta de que a comunicação não é análoga a que é executada no comércio tradicional.

As empresas já vêm percebendo que é inevitável o ingresso no ambiente online, seja no viés da comunicação mercadológica ou institucional, porém, enxergam, apenas, como extensão das ações praticadas off-line.

As relações na Web se dão pela transparência, credibilidade e interação. Não que as organizações nos meios tradicionais, não devam atuar com base nessas premissas. A dificuldade, atuando ou não nessas bases, é a vulnerabilidade a que elas estão expostas, pois nas redes sociais a opinião pública emiti sua opinião sem a interferência de interlocutores.

Vejam os casos da Arezzo e Zara, que ficaram expostas a “revolta” dos internautas que são, pela sua natureza, mais esclarecidos e “ameaçadores” com  relação às organizações que atuam de forma espúria.

O novo paradigma submete e exige transparência e ética por parte das organizações.

Não que as mídias digitais tenham sobrepujado o poder das mídias tradicionais, mas vêm ganhando voz e esta se torna, a cada dia, mais estridente. A característica principal das redes sociais é a sua comunicação ascendente que parte da base para o topo surpreendendo muitas instituições.

Enfim, é imprescindível para as corporações a comunicação digital, correndo o risco de perderem a visibilidade e o market share que tinham antes dessa “epidemia”.

As corporações que mais rápido perceberem que a nova estrutura comunicacional exige uma mudança radical na forma de se comunicar, saem na frente. Essas, além da mudança, até então, hierarquizada da produção informacional, não devem diferenciar e manipular a informação para cada público de interesse, pois, hoje, estão ao jugo dos novos GATEKEEPERS.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL - Guilherme Leal, copresidente do Conselho de Administração da Natura


Sustentabilidade não é filantropia



O princípio da sustentabilidade vai muito além de ações pontuais de assistencialismo ou filantropia. Não devemos considerá-lo, somente, em ações momentâneas e isoladas. 

Práticas sustentáveis devem fazer parte do planejamento estratégico, portanto, intrinsecamente ligadas ao modelo de gestão organizacional, ser de caráter permanente, equilibrando resultados financeiros, sociais e ambientais.

Apesar de agregar valor e competitividade a uma empresa, um processo de gestão sustentável, não deve ser considerado com o fim exclusivo de gerar lucros.

A sustentabilidade vem de encontro a uma prática ampla e, por muitas vezes, difícil de gerir, de acordo com os interesses de todos os públicos envolvidos pelas ações organizacionais. Respeitando seus stakeholders e desenvolvendo práticas que valorizem e respeitem esses públicos, com certeza, o lucro seria conseqüência inevitável de um processo responsável e altruísta.

Por fim, a governança corporativa não deve se apoderar desta prática com a ideia de se promover como empresa cidadã, pois não se trata de uma ação de marketing, mas, sim, da sua promoção e valoração de acordo com sua responsabilidade, real preocupação e poder de ação, quanto as questões sociais, ambientais e econômicas, seja no ambiente em que se insere ou na sociedade como um todo.

 Ricardo Bressan

terça-feira, 15 de maio de 2012

REDE SOCIAL CORPORATIVA É SEGMENTO PROMISSOR DO MERCADO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL




Cada vez mais, as empresas estão substituindo as antigas intranets, de comunicação unidirecional, por redes sociais privadas, que permitem a interação individual entre os funcionários. Para o consultor espanhol e ex-diretor do selo discográfico RCA da Sony Music, em Nova York, Franc Carreras, que vem ao Brasil para ministrar curso internacional sobre marketing digital, esta tendência é um segmento promissor do mercado de comunicação empresarial. As aulas com o especialista acontecem nos dias 10 e 11, em Blumenau, SC, e 14 e 15, em Curitiba, PR, na FAE Centro Universitário.

De acordo com Franc Carreras, que também é professor da Esade Business School, de Barcelona, as grandes corporações, de diversos países, estão passando da fase de reconhecimento do poder das redes sociais para o momento de adaptação às estratégias já utilizadas nos segmentos de entretenimento e lazer, por exemplo. “Isso é evidente quando analisamos as ações de marketing de artistas musicais, que têm os perfis mais populares nas redes sociais, o que tem chamado a atenção dos profissionais de marketing de outros setores”, analisa.

Mas como migrar dos modelos tradicionais de comunicação e marketing para o meio digital? Para Franc Carreras, há três opções que podem auxiliar os gestores de marketing nesta adaptação: a contratação de consultores, que normalmente é a solução mais rápida, mas geralmente envolve um custo maior; a incorporação de pessoal qualificado, que tem um custo menor, mas requer um esforço adicional para a integração dos novos colaboradores à organização; e a especialização do pessoal existente. Esta última alternativa, ainda de acordo com o especialista, requer um investimento de tempo e recursos significativos, mas é essencial no longo prazo.

Um dos principais sinais desta adaptação aos meios digitais é o surgimento de novas profissões no mercado de comunicação. Uma dessas novidades é a função de community manager, que basicamente é a figura do gestor ou líder de comunidade, aquele que tem a função de atrair pessoas com interesses comuns. Porém, segundo o consultor espanhol, esta profissão ainda não dispõe de formação adequada. “Foram criados programas acadêmicos especializados, porém, estes geralmente são apenas suplementares às qualificações tradicionais”, explica.

Mesmo com equipes de trabalho qualificadas e tendo a disposição uma diversidade de novas e modernas tecnologias de comunicação digital, Franc Carreras destaca que o ser humano deve ser sempre o foco das ações de comunicação. “A chave para o marketing social é colocar as pessoas acima da tecnologia e suas respectivas ferramentas e, para fazermos marketing em mídias sociais, devemos ser sociáveis e atuais, e o indivíduo mais sociável da face da terra é o ser humano”, finaliza.


Fonte: Comunique-se

Alteração dos padrões de produção e consumo é essencial para sustentabilidade, diz secretário executivo da Rio+20



Sem uma alteração muito clara em padrões de produção e consumo, não se conseguirá a sustentabilidade. A opinião é do secretário executivo da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), embaixador Luiz Alberto Figueiredo. Para ele, quem tem que liderar essas mudanças são os países ricos, que possuem padrões de produções e consumo insustentáveis.
Segundo Figueiredo, que participou na sexta-feira passada (11), no Rio de Janeiro, de debate com profissionais da mídia sobre a Rio+20, essas mudanças de padrões envolvem, pelo lado da produção, o uso mais racional e eficiente de recursos naturais e de energia, além do aprimoramento de processos produtivos e, pela área do consumo, maior educação e alterações culturais que levem as populações a “não testarem os limites do planeta”.
“Quando se fala em padrões de produção e consumo, quem tem que liderar [essa mudanças] são os países ricos, que têm claramente os padrões mais insustentáveis. Não é possível achar razoável exigir que a nova classe média da Índia ande de bicicleta para salvar o planeta, se a classe média nos países desenvolvidos tem dois carrões na garagem”, disse.
O embaixador Figueiredo defende a busca por uma convergência entre os dois modelos extremos de consumo.
“Temos que buscar uma contração dos que estão abusando e um aperfeiçoamento dos que não têm nada para que cheguemos a um padrão que o planeta aguente, que o planeta sustente”, acrescentou.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Embrapa cria sistema de gestão ambiental para aquicultores


                             



Sistema desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, São Paulo, permite que produtores possam avaliar se os processos conduzidos em suas propriedades estão alinhados às orientações de Boas Práticas de Manejo da Aquicultura. A ferramenta está em fase de validação e a previsão é liberação de acesso ao público externo até agosto.

O sistema informatizado de gestão ambiental da aquicultura (Aquisys) foi desenvolvido por pesquisadores do Projeto de Manejo e Gestão Ambiental da Aquiculutra da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, em São Paulo.

A pesquisadora responsável pelo plano de ação do Aquisys, Maria Conceição Pessoa, diz que o acesso ao sistema pode ser feito via web. "O Aquisys é um sistema informatizado desenvolvido para ser acessado pela internet. Ele auxilia a gestão ambiental da aquicultura em apoio às boas práticas de manejo - com foco inicial no cultivo de tilápia."

O sistema reúne em um único local diversas informações e estimativas importantes para o produtor, antes dispersas ou em linguagem de difícil entendimento. Assim, o sistema considera três temas principais: Boas práticas de manejo da aquicultura na propriedade, Leis, Órgãos e serviços relacionados à aquicultura e Apoio à gestão ambiental da aquicultura. Cada tema oferece diversos módulos para obtenção de diagnósticos, estimativas, informação ou organização de dados que apoie políticas públicas para o setor.

O Aquisys leva em conta as principais demandas de piscicultores, identificadas nos levantamentos realizados em solicitações de informações técnicas formuladas em dias de campo do projeto e de questionamentos direcionados ao serviço de apoio ao contribuinte da Embrapa Meio Ambiente.