sábado, 17 de novembro de 2012

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DESENVOLVIMENTO

A liberdade de expressão, seja ela originada na imprensa ou em qualquer segmento da sociedade deve ser preservada, já que nos encontramos em uma democracia.

A Revolução Industrial e as duas grandes guerras que se seguiram exerceram aparente e decisiva influência no surgimento e fortalecimento das demais formas contemporâneas de autoritarismo de Estado que através dos meios de comunicação, como o impresso, o cinema,  o rádio e a televisão, atuou diretamente na formação cultural da humanidade (opinião pública mundial) de modo a alterar e deformar conceitos básicos sobre os valores e o significado da vida.

Portanto, as decisões sendo tomadas de forma unilateral, não são significativas  no que diz respeito ao desenvolvimento das sociedades.

Não existe liberdade de expressão e desenvolvimento sem o debate ou troca de idéias.
   
É  prejudicial que normas e leis de natureza social, politica e comercial sejam sancionadas sem o respaldo ou participação da sociedade que elegeu  democraticamente seus representantes, sejam eles politicos das Assembléias Municipais, Estaduais, do Congresso nacional e Senado.

A tecnologia usada no aperfeiçoamento e ampliação da comunicação reclama uma atitude mais crítica . Ela passou a ser usada para alterar e deformar os conceitos de liberddade de expressão.

O significado e as consequências quanto as normas sancionadas são mistificadas quando chegam ao conhecimento da opinião pública.

Uma consequência direta desse fato é o disvirtuamento da linguagem, influência semântica produzida pelo Estado e a grande mídia, sendo praticamente impossível resgatar sua natureza, o projeto da norma ao ser sancionada.

A opinião pública pode não compreender claramente o real objetivo das normas . Por isso, ela deve ser conscientizada sobre o seu contexto e o conteúdo, além  das  consequências que elas gerarão se forem criadas ou alteradas em seus mecanismos naturais.

Não devemos atribuir ao Estado a exclusividade na tomada de decisões.
Para a realização plena de um desenvolvimento duradouro é imprescindível a liberdade de expressão, que necessita de um ambiente social sem preconceitos, moralismo laico ou religioso, do autoritarismo e dos interesses políticos e econômicos.

Segundo descreve Roberto Freire em seu livro "Ame e de Vexame", durante a ditadura militar, o compositor Caetano Veloso reagiu de forma irônica a campanha do governo militar "Brasil, ame-o ou deixe-o", durante as decadas de 60 e 70, dirigidas contra aqueles que contestavam  e enfrentavam a ditadura implantada no país. Nas palavras de Caetano "Brasil, o seu amor, ame-o e deixe-o ir onde quiser".

Para Freire, ir onde quiser, foi entendido como síntese, podendo o verbo ir significar opções de caminhos aos mais variados sentidos: o que fazer da própria vida, do corpo, do potencial criador e produtivo, da compreensão ideológica e ética e do comportamento filosófico e político. Resume, dessa forma, o conceito amplo e irrrestrito de liberdade de expressão.

Para salvaguardar a liberdade, e em consequência dela o desenvolvimento, é necesssária a cobrança das mais diversas organizações, para que seja considerado o direito individual e coletivo. 

Referências:
FREIRE, Roberto. Ame e de Ve xame. Editora Guanabara. RJ. 1990 


Ricardo Bressan              
  

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Executivos têm as perguntas, mas as respostas são dadas por quem está no dia a dia da operação


                             

Recluso em meu escritório de um metro por quatro, num dos poucos momentos que me disponho a organizá-lo, paro para folhear uma revista – As 150 melhores empresas para você trabalhar (Você S/A de 2009). Deparo-me com uma reportagem, que apesar de não ser factual, mostra a forma estratégica e de gestão de uma coordenadora de multinacional de biotecnologia e a liderança de um presidente de uma empresa de transportes e seus respectivos depoimentos.

Não citarei o nome das organizações, nem dos executivos. Teria que me ater a pesquisas, não foi esse o propósito quando entrei no recinto. O momento é de organização, mas vamos lá!

Ela destaca-se na categoria gestão estratégica. Faz reuniões individuais, pelo menos, uma vez por semana, com os cinco funcionários da equipe. Na conversa eles revisam a semana anterior, definem metas e tarefas para os próximos dias.

“Dessa forma consigo garantir que todos entendam seu papel e que os resultados virão como esperado” diz ela.

Agora o melhor! “Numa visão moderna de gestão, o papel do “líder”, não pode ser apenas o de transmitir informação. Ele deve criar um ambiente em que os colaboradores possam discutir e questionar as informações”.

Já na categoria liderança, o presidente da empresa de transportes, passou 90 dias percorrendo as bases da empresa, em terminais, nos caminhões e trens para ouvir o que os funcionários tinham a dizer.

Sensacional é a visão que ele expõe “O problema é achar que as  soluções estão no alto escalão, da companhia. Os executivos têm as perguntas, mas  as respostas são dadas por quem está no dia a dia da operação”.

E o que vêm a minha cabeça no momento?

Dever-se-ia dar essa ideia aos gestores de  outras corporações, mas de forma estratégica e ambiciosa.

 

Gestores perguntam a seus analistas de cada área especifica quais suas ideias ou estratégias. Finalizadas, são passadas a coordenadores que as analisam e as encaminham a diretoria e se aprovadas, transformam-se em operações e processos. As respostas começam pelos analistas até chegar à alta cúpula para tomada de decisões.   


Ricardo Bressan

4 atitudes que mudam o clima da empresa, segundo o Hay Group


                               Funcionarios felizes dançando
Durante quatro anos, o Hay Group, consultoria de gestão de negócios, ouviu cerca de 620.000 pessoas, de 135 companhias que operam no Brasil, para descobrir o que pode ou não melhorar o clima organizacional e quais fatores podem colaborar para o engajamento efetivo dos funcionários de uma empresa.
Das mais de 130 companhias analisadas, apenas 22% delas, no entanto, se enquadram no perfil de empresas com melhores práticas, ou seja, aquelas que conseguem unir um clima organizacional favorável a um desempenho financeiro satisfatório, segundo o Hay Group.
Foi justamente nessas companhias que a pesquisa encontrou um número maior de colaboradores comprometidos com seu trabalho e com a companhia. “Elas sabem tornar o funcionário um protagonista, pois dão espaço, sabem ouvir, aconselham e reconhecem por meio de recompensas. Tais atitudes transformam o clima de uma companhia”, afirmou Elton Moraes, consultor do grupo.
Segundo ele, o número de empesas que se encaixam no perfil de melhores práticas ainda é pequeno no Brasil. “Apenas 10% delas conseguem atingir a pontuação máxima da nossa classificação de melhores práticas. O lado positivo é que existem algumas companhias que vêm se aperfeiçoando e conseguindo melhores posições”, afirmou Moraes
Veja, a seguir, quatro posturas imprescindíveis encontradas nas companhias de melhores práticas, que fazem toda a diferença em seu clima organizacional, segundo o Hay Group:
Recompensar
A prática pode ser mais antiga que andar para trás, mas a meritocracia, ou seja, o reconhecimento por meio de recompensas, como promoções e bonificações, não é comum em muitas companhias brasileiras.
De acordo com a pesquisa do Hay Group, apenas 42% dos funcionários acreditam que, quanto melhor for seu desempenho, melhor serão suas oportunidades.  O número muda bastante de patamar, no entanto, nas companhias de melhores práticas, onde quase 75% das pessoas acreditam que a premissa seja verdadeira.
Ainda segundo o estudo, metade das pessoas afirmou ser aconselhada por seus gestores. Já nas empresas com perfil de melhores práticas cerca de 70% disseram que recebem conselho de seus chefes referente ao seu desempenho profissional.
Saber ouvir
Saber ouvir o empregado, dar espaço para que ele exponha suas ideias é outro quesito importante e bem mais comum nas companhias de melhores práticas, constatou o levantamento do Hay Group.
Enquanto apenas 49% das pessoas afirmaram ter suas ideias ouvidas por seus chefes e principalmente colocadas em ação. Quase 80% dos funcionários das companhias com melhores práticas afirmaram que seus chefes ouvem suas ideias.
Dar feedbacks
Cada vez mais os trabalhadores querem saber como estão indo em sua função, se estão evoluindo, se estão na direção correta  e o que precisam fazer para melhorar.  O famoso feedback também é postura mais comum nas companhias de melhores práticas.
De acordo com o estudo, no mercado geral apenas 42% das pessoas concordam receber um feedback sobre o seu trabalho. Esse mesmo número salta para 72% quando se trata de funcionários que trabalham para as empresas com melhores práticas.
“Independente das ferramentas das empresas, o feedback precisa ser uma prática constante, pois se o empregado não sabe o que se espera dele, com certeza a companhia estará perdendo a oportunidade dele contribuir com todo o seu potencial, se ele não está 100% engajado, a companhia está deixando dinheiro na mesa”, afirmou o consultor.

Zara é suspensa do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo,


Zara quer combater trabalho escravo, sem ser vinculada a ele


                                Loja da Zara

Marca é suspensa do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, enquanto investe em ações de combate à prática e contesta, na Justiça, as acusações levantadas contra ela.

Zara vive uma aparente contradição em um tema espinhoso: seu suposto envolvimento com um caso de trabalho escravo. De um lado, a empresa quer mostrar que apoia o combate à prática, e já investiu 1,3 milhão de reais no amparo de imigrantes e na capacitação de mão-de-obra. De outro, foi suspensa do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, por afirmar que a “lista suja” de empresas envolvidas nestes casos é inconstitucional – uma lista em que corre o risco de entrar, caso a Justiça decida que as acusações que pesam contra ela são pertinentes.

O dilema mostra como a Zara tem atuado, desde a eclosão de suspeitas sobre seu envolvimento em um caso de violação de direitos trabalhistas. Entre junho e agosto do ano passado, equipes de fiscalização em São Paulo encontraram funcionários em condições precárias em oficinas da AHA Indústria e Comércio de Roupas, contratada pela Zara para a produção de suas peças.

Em documento da Justiça do Trabalho ao qual EXAME.com teve acesso, a varejista pede a anulação de todos os 48 autos de infração recebidos. Entre outras irregularidades, os autos apontam a imposição de jornadas excessivas, a manutenção de ambientes insalubres e o pagamento de salários baixíssimos a empregados não regularizados, bolivianos em sua maioria.

Uma das principais alegações da Zara é que os fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego teriam partido do pressuposto que os funcionários da AHA seriam efetivamente colaboradores da Zara, "extrapolando os limites de sua competência” e deixando de autuar a verdadeira empregadora. Por isso, a Zara sustenta que a apuração teria sido enviesada desde o começo, feita com o objetivo de incriminá-la, apenas.

"Não obstante a AHA ser fornecedora de diversas outras marcas, a fiscalização imputou a responsabilidade jurídica e exclusiva sobre a Zara, não tendo a AHA sofrido qualquer tipo de punição, nem tampouco as outras marcas", diz trecho do processo movido pela empresa, elaborado pelo escritório Machado Meyer.

O fato de a AHA ter regularizado o registro dos seus colaboradores durante a fiscalização mostraria, sempre segundo a Zara, que a subcontratada teria reafirmado sua responsabilidade direta, o que teria sido ignorado pelos fiscais. O relatório do MTE, por sua vez, aponta que 91% das peças produzidos pela AHA nos três meses que antecederam as operações eram destinadas à Zara, o que provaria o vínculo da empresa  em um esquema "para encobrir o real empregador e esconder a alocação de trabalhadores em atividades permanentes e essenciais ao objeto de negócio da autuada - a confecção das roupas que comercializava". 

Outra linha de defesa adotada pela Zara é que ela seria uma empresa de comércio e não uma indústria. Portanto, não teria que responder pelo processo de produção das roupas. Caso os autos não sejam anulados pela Justiça, a companhia pede a redução da multa proposta por discriminação dos funcionários, estipulada em 585.330,60 reais, e a não inclusão do seu nome na dívida ativa da União.

Esconde-esconde

A Zara requisitou à Justiça que a análise de todos esses pontos corresse em segredo, alegando que, na época dos flagrantes, o assunto já causara sua cota de estragos: a divulgação na mídia teria acarretado "prejuízos patrimoniais e morais", além de "exposição desnecessária” aos funcionários resgatados de situação irregular.
Mas a Justiça do Trabalho negou o pedido, em uma decisão que acabaria levando à suspensão da Zara do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho. Isso porque no processo que move contra a União, a Zara também pediu o bloqueio da sua possível inclusão na chamada "lista suja". Procurada por EXAME.com, a Zara não comentou o desligamento do Pacto ou o andamento da ação na Justiça, reforçando que não se manifesta sobre processos que ainda estão tramitando.
Criado pelo governo em 2004 para coibir a contratação de mão de obra ilegal, o cadastro funciona como um SPC para os inadimplentes: com o nome sujo na praça, não é possível obter financiamento junto a bancos públicos. A inclusão, é claro, não deixa de arranhar a imagem das companhias. Na atualização semestral da lista, publicada no começo de agosto, a construtora MRV engrossou o rol dos 398 nomes apontados no cadastro. Em dois dias, suas ações mergulharam 9,4%.
A Zara chegou a argumentar que a "lista suja" seria inconstitucional, já que a entrada das empresas acontece antes do julgamento efetivo na Justiça, o que violaria o princípio de presunção de inocência. Disse ainda que sua indicação acarretaria "danos irreparáveis e irreversíveis". A juíza Paula Becker Montibeller acabou concedendo liminar impedindo a inclusão, afirmando que isso poderia penalizar a empresa excessivamente e até atrapalhar o andamento da ação.
A decisão ainda pode ser modificada, mas o que seria uma primeira vitória para a empresa acabou virando outra dor de cabeça. Com o processo público, as investidas da Zara no sentido de questionar a "lista suja" caíram no colo do Comitê de Coordenação e Monitoramento do Pacto de Erradicação do Trabalho Escravo, que não gostou nada de ver a companhia criticar o cadastro. Pressionada pelo Comitê, a Zara não arredou o pé - e acabou sendo afastada do grupo.
Dele, fazem parte empresas como a C&A e grandes empregadoras como Brasil Foods e JBS. Composto pelo Instituto Ethos, Instituto Observatório Social, ONG Repórter Brasil e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Pacto propõe que setor empresarial e sociedade não comprem produtos de empresas que usaram trabalho escravo em sua cadeia produtiva - a "lista suja" seria uma das principais ferramentas para separar o joio do trigo.
Sob os holofotes
A Zara aderiu à iniciativa em novembro do ano passado, antes mesmo de firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho. Se a empresa se esforça nos bastidores para não responder juridicamente pelas irregularidades constatadas, suas contrapartidas sociais sempre foram divulgadas publicamente.
A princípio, o MPT determinou que a Zara pagasse uma indenização por dano moral coletivo no valor de 20 milhões de reais. No acordo fechado em dezembro, ficou estabelecido que o desembolso será de 17% desse valor - ou 3,4 milhões -, revertido em "investimentos sociais". Parte do montante já foi gasto em ações como a regularização de imigrantes ilegais no país e a criação de um fundo de emergência para suprir suas necessidades básicas. Até o meio do ano, a Zara havia feito 260 auditorias completas, abrangendo seus 40 fornecedores e 208 oficinas externas.
Luís Alexandre Faria, auditor fiscal que comandou as investigações envolvendo a varejista, chegou a afirmar à EXAME.com que a conduta da Zara seria "arrojada" e estaria "no caminho certo".
Na visão do Comitê do Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo, no entanto, a crítica à "lista suja" não deixaria de representar uma incoerência. No mesmo comunicado em que saudou os projetos da Zara para combater o trabalho escravo, o Comitê disse que a atitude da empresa "afronta" princípios do Pacto e "enseja sua violação".
Segundo balanço anual da empresa, a Zara possui 1.936 funcionários no Brasil. O contingente de envolvidos na produção das peças que levam sua etiqueta é mais de dez vezes superior a esse número. Enquanto segue na luta para se desvencilhar das consequências judiciais da utilização de trabalho escravo em oficinas subcontratadas, a varejista aguarda, em silêncio, o desfecho do caso. A próxima batalha entre a empresa e a União está marcada para o dia 13 de setembro, na 3ª Vara do Trabalho de São Paulo.

Beleza física pode trazer vantagens para a carreira


Estudos revelam que profissionais bonitos têm mais chances de sucesso profissional. O segredo dos belos: boa aparência mantém a autoestima em alta

       
                                Executiva de gravata
A boa aparência tem outra vantagem: segundo estudo, ela aumenta as chances de outros prestarem mais atenção no que você tem a dizer
São Paulo - A aparência importa quando o assunto é carreira? A resposta é "sim" — para o bem e para o mal. O lançamento do livro O Valor da Beleza — Por Que as Pessoas Atraentes Têm Mais Sucesso (Ed. Campus/Elsevier), de Daniel s. Hamermesh, economista americano que traz à tona essa discussão que ainda é um grande tabu dentro das organizações. "Os executivos não gostam de admitir que a beleza afeta o modo como eles lidam com outros profissionais", diz Daniel. Professor da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, Daniel se dedica aos estudos de pulchronomics (economia da beleza) e, em seu livro, divulga resultados de pesquisas que mostram que a aparência pode influenciar — e muito — os salários.

A pesquisa de Daniel foi feita nos Estados Unidos e talvez a realidade brasileira seja diferente. Mesmo assim, fica a dúvida: que razões fazem com que os belos sejam privilegiados e conquistem salários mais polpudos? Daniel arrisca a resposta: autoestima nas alturas. Afinal, quando você está satisfeito com a própria aparência (e tem competência para exercer seu cargo) fica mais fácil enfrentar os desafios de carreira. "Quem se sente bem com seu modo de ser é mais seguro", diz a headhunter Adriana Prates, diretora da Dasein Executive Search, de Belo Horizonte. "E confiança ajuda a transmitir ideias e habilidades, o que acaba conquistando os chefes."

A boa aparência tem outra vantagem: aumentam as chances de outros prestarem mais atenção no que você tem a dizer. De acordo com uma pesquisa da Universidade Rice, dos Estados Unidos, feita com profissionais em busca de um emprego, sinais faciais marcantes, como cicatrizes, distraem os recrutadores e fazem com que eles não foquem no conteúdo do candidato, só em seu aspecto exterior. "Qualquer elemento muito chamativo pesa em uma entrevista", diz Marcela Esteves, consultora da Robert Half, empresa de recrutamento de São Paulo, que admite se policiar para não cometer injustiça com candidatos menos privilegiados esteticamente.


E o que deve fazer quem convive com a desvantagem da falta de beleza? Relaxe, você não precisa passar horas na academia, no salão de beleza e na clínica de estética para ter sucesso. Para os consultores e headhunters, o que conta mais é o bom e velho charme. "Steve Jobs não era nenhum modelo de beleza, mas sabia envolver com seu discurso. Encontrar a melhor maneira de se portar para encantar os outros é o que realmente vale", afirma Adriana, da Dasein.
A grande lição não é se preocupar em ter os olhos mais lindos do mundo, mas conseguir transmitir empatia, segurança ou qualquer outro sinal positivo. Isso todos podem fazer, cuidando dos detalhes: no sorriso aberto que você dá quando se apresenta; na maneira como você se levanta para cumprimentar com firmeza; na roupa que você escolhe para participar de uma reunião formal ou para comparecer a um almoço informal. Todas essas atitudes contam pontos a seu favor.
Por isso, é bom tomar muito cuidado com sua atitude. Uma palavra rude, por exemplo, faz mais estragos do que um mau penteado. "Toda a empatia acaba quando alguém transmite arrogância e se mostra desinteressado na fala do interlocutor. Não importa quão bonita a pessoa seja, isso destrói uma primeira impressão", explica Marcela, da Robert Half.
Obviamente, a aparência, sozinha, não sustenta a carreira de ninguém. "Beleza é apenas mais um dos vários fatores que influenciam o sucesso. Todas as pesquisas mostram que beleza importa, mas somente se estiver ligada a outros aspectos", diz Daniel Hamermesh. Se você é bonito, considere-se
Fonte: Exame 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Atitudes precipitadas dificultam posicionamentos pós crise



Paráfrase a parte, “como o vento de um tufão arrancasse meus pés do chão, onde eu já não me enterro mais”, verso de a “A Paz”, composição de Gilberto Gil, levou-me a um devaneio.

Algumas corporações devem se sentir assim, quando se veem em meio a crises, logo que veiculadas pela grande mídia e que hoje, geralmente, iniciam-se nas recentes redes sociais.
Aí vem o pior, ou se posicionam equivocadamente – caso Chevron, por exemplo – devido ao autoritarismo da liderança ou pela inabilidade da área de comunicação que, geralmente, não possui um planejamento estratégico para gestão de crises.

Muitas organizações quando se preocupam em intervir na resolução do caso, atitudes, anteriormente, precipitadas dificultam posicionamentos pós crise com o propósito de  reportar  a opinião pública, de forma clara, sem ruídos, ou seja, modificações em processos ou operações que não venham a repetir o problema.

Atitudes low profile e um relacionamento frio com as mais diversas mídias são características que acompanham esses tipos  de corporações.

Essas crises geram impactos aos stakeholders, públicos de interesse afetados pelas operações e processos das organizações, sejam eles colaboradores, acionistas, fornecedores, comunidades ou clientes.

Organizações que investem em gestão do conhecimento e têm planejamentos estratégicos bem definidos: estratégia de gestão e liderança conectadas aos valores, missão e visão corporativas geralmente não necessitam enfrentar um pós-crise com grandes complicações ou até risco de fecharem suas portas.

No planejamento estratégico defini-se – no ponto de vista do autor – a forma de compreender conflitos de poder na organização e funcionamento da família organizacional, das relações humanas dentro do ambiente corporativo.

A partir deste conceito a política é a interferência no conflito fundamental entre os colaboradores: liberdade X autoritarismo nas relações produtivas de cada setor da empresa.
Trabalhando, quase que exclusivamente o conflito entre os níveis hierárquicos e setoriais das corporações é garantida a liberdade, a satisfação pessoal e coletiva e os problemas criativos e de produção são minimizados, ou se resolvem completamente, evitando, assim, possíveis crises.   


               
     
       

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Vale enfrenta processo no Canadá por morte de empregados


A Vale enfrenta nove acusações sob a lei de saúde e segurança ocupacional da província canadense, disse o Ministério do Trabalho


Vale




Toronto - A província de Ontário entrou com processo contra a Vale pela morte de dois trabalhadores na mina Stobie, em Sudbury, no ano passado.

A Vale enfrenta nove acusações sob a lei de saúde e segurança ocupacional da província canadense, disse o Ministério do Trabalho. O supervisor da mina tem seis acusações.
Os empregados morreram em junho de 2011 após serem atingidos por restos de material que eram removidos do subsolo da mina de cobre e níquel, a 400 quilômetros de Toronto.
A Vale, que fez uma investigação interna, afirmou na noite de quinta-feira que um número de fatores contribuiu para o acidente e que está implementando um plano de ação com mais de 30 medidas.
O sindicato que representa os trabalhadores nas operações da Vale na região de Sudbury está pressionando por uma vistoria de segurança em todas as minas de Ontário.
A audiência será em 14 de agosto em uma corte de Sudbury.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Comunicação empresarial como elemento estratégico de gestão


Na era do conhecimento, algumas empresas já enxergam a importância de valorizar a inteligência humana como primordial a saudabilidade e a valorização das suas marcas, produtos ou serviços. 

O processo produtivo, entendido como capital x trabalho, ou seja, a valorização da máquina e do homem como parte dela, já não se sustenta mais. Nos dias de hoje, as atenções e os investimentos não devem se ater somente a comunicação mercadológica, mas também, no desenvolvimento dos colaboradores,  detentores de informação e conhecimento. 

No entanto, as ações que encaram a comunicação como elemento estratégico nos processos da empresa, ainda, são pífias. Mesmo enxergando essa importância, muitas organizações continuam atreladas a posições autoritárias e discriminatórias, em relação às críticas e divergências dos seus colaboradores e demais públicos de interesse.


Sendo assim, não existe inteligência em uma organização não democrática, a não ser que se percebam os prejuízos que acarretam ou acarretarão a sua estrutura e resolvam, a partir das lideranças, reverem seus valores, missão e visão. 
Nós comunicadores podemos contribuir para fortalecer o debate, demonstrando os prejuízos que uma empresa não democrática pode ter, em uma sociedade que, já não é tão submissa aos desmandos e arrogância das organizações.
Empresas que não priorizam o valor de uma auditoria de imagem como estratégica, portanto, como diagnóstico e feedback para a resolução de deficiências, seja ela de caráter interno ou externo, podem ser, a médio e a longo prazo, vitimas de suas negligências.
O fundamento da gestão da comunicação estratégica está na valorização da troca de informações, cujos colaboradores participem como emissores e não só como meros receptores de informações hierarquizadas. Para isso, é imprescindível usar os canais de comunicação de forma interativa, colaborativa e segmentada.

Ricardo Bressan


 

 

 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Publicidade não reflete a identidade corporativa




A construção da imagem depende de aspectos subjetivos, a qual se molda através de relações interpessoais, informações de terceiros e da mídia. Depende da visão de mundo, do acesso as informações, da formação cultural e interesse de cada grupo ou pessoa.

Quase sempre, o que se vê é a identidade corporativa, como reflexo da imagem mercadológica, ou seja, a comunicação publicitária e de marketing como as principais formadoras de opinião no que tange a reputação organizacional. Portanto, reduzem a complexidade da identidade corporativa, a qualidade do produto ou serviço.

A identidade visual, infelizmente, está longe de ser sinônimo da identidade organizacional. Ela é simbólica e construída com o intuito de seduzir, induzir e convencer os receptores a enxergarem a empresa de forma positiva. Já, a identidade corporativa é o que ela realmente é, e normalmente, com raras exceções, a identidade visual reflete a organizacional, pelo contrário, em muitos casos, chega a ser antagônica.

Nos dias de hoje, uma empresa que preza pela imagem e, conseqüentemente, pela reputação, conduz a cultura organizacional, sua visão e missão a uma relação de igualdade e respeito a todos os stakeholders. Portanto, uma cultura que integra e unifica as ações éticas, de responsabilidade social e gestão ambiental, no que tange a imagem institucional, e concilia essas ações com as mercadológicas. 


Ricardo Bressan


Os NOVOS GATEKEEPERS da COMUNICAÇÃO



Com a ascensão das redes sociais como canal de comunicação transversal, as organizações começam amadurecer para o relacionamento com seus públicos de interesse ou nicho de atuação, nessas plataformas.
A utilização correta dessas ferramentas demanda conhecimento, estratégia, ou seja, amadurecimento e na maioria dos casos, uma mudança contundente na maneira de vislumbrar a comunicação corporativa.

Hoje é fato, os meios de comunicação, exclusivamente, as mídias digitais se caracterizam pelo seu viés democrático. A informação, tanto na produção, quanto na distribuição, deixou de estar, exclusivamente, a mercê da ideologia da grande mídia e de seu verticalismo. No ambiente digital as ideologias se amalgamam e dispersam-se em nichos, diferente da centralização das mídias tradicionais.

Já são milhares de pessoas que saem da submissão induzida e da ditadura dos gostos, 90% dos internautas já compraram online e 30% são adeptos e ativos desse tipo de comércio.

No entanto, muitas organizações que se embrenham na complexidade dessa realidade, não se dão conta de que a comunicação não é análoga a que é executada no comércio tradicional.

As empresas já vêm percebendo que é inevitável o ingresso no ambiente online, seja no viés da comunicação mercadológica ou institucional, porém, enxergam, apenas, como extensão das ações praticadas off-line.

As relações na Web se dão pela transparência, credibilidade e interação. Não que as organizações nos meios tradicionais, não devam atuar com base nessas premissas. A dificuldade, atuando ou não nessas bases, é a vulnerabilidade a que elas estão expostas, pois nas redes sociais a opinião pública emiti sua opinião sem a interferência de interlocutores.

Vejam os casos da Arezzo e Zara, que ficaram expostas a “revolta” dos internautas que são, pela sua natureza, mais esclarecidos e “ameaçadores” com  relação às organizações que atuam de forma espúria.

O novo paradigma submete e exige transparência e ética por parte das organizações.

Não que as mídias digitais tenham sobrepujado o poder das mídias tradicionais, mas vêm ganhando voz e esta se torna, a cada dia, mais estridente. A característica principal das redes sociais é a sua comunicação ascendente que parte da base para o topo surpreendendo muitas instituições.

Enfim, é imprescindível para as corporações a comunicação digital, correndo o risco de perderem a visibilidade e o market share que tinham antes dessa “epidemia”.

As corporações que mais rápido perceberem que a nova estrutura comunicacional exige uma mudança radical na forma de se comunicar, saem na frente. Essas, além da mudança, até então, hierarquizada da produção informacional, não devem diferenciar e manipular a informação para cada público de interesse, pois, hoje, estão ao jugo dos novos GATEKEEPERS.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL - Guilherme Leal, copresidente do Conselho de Administração da Natura


Sustentabilidade não é filantropia



O princípio da sustentabilidade vai muito além de ações pontuais de assistencialismo ou filantropia. Não devemos considerá-lo, somente, em ações momentâneas e isoladas. 

Práticas sustentáveis devem fazer parte do planejamento estratégico, portanto, intrinsecamente ligadas ao modelo de gestão organizacional, ser de caráter permanente, equilibrando resultados financeiros, sociais e ambientais.

Apesar de agregar valor e competitividade a uma empresa, um processo de gestão sustentável, não deve ser considerado com o fim exclusivo de gerar lucros.

A sustentabilidade vem de encontro a uma prática ampla e, por muitas vezes, difícil de gerir, de acordo com os interesses de todos os públicos envolvidos pelas ações organizacionais. Respeitando seus stakeholders e desenvolvendo práticas que valorizem e respeitem esses públicos, com certeza, o lucro seria conseqüência inevitável de um processo responsável e altruísta.

Por fim, a governança corporativa não deve se apoderar desta prática com a ideia de se promover como empresa cidadã, pois não se trata de uma ação de marketing, mas, sim, da sua promoção e valoração de acordo com sua responsabilidade, real preocupação e poder de ação, quanto as questões sociais, ambientais e econômicas, seja no ambiente em que se insere ou na sociedade como um todo.

 Ricardo Bressan

terça-feira, 15 de maio de 2012

REDE SOCIAL CORPORATIVA É SEGMENTO PROMISSOR DO MERCADO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL




Cada vez mais, as empresas estão substituindo as antigas intranets, de comunicação unidirecional, por redes sociais privadas, que permitem a interação individual entre os funcionários. Para o consultor espanhol e ex-diretor do selo discográfico RCA da Sony Music, em Nova York, Franc Carreras, que vem ao Brasil para ministrar curso internacional sobre marketing digital, esta tendência é um segmento promissor do mercado de comunicação empresarial. As aulas com o especialista acontecem nos dias 10 e 11, em Blumenau, SC, e 14 e 15, em Curitiba, PR, na FAE Centro Universitário.

De acordo com Franc Carreras, que também é professor da Esade Business School, de Barcelona, as grandes corporações, de diversos países, estão passando da fase de reconhecimento do poder das redes sociais para o momento de adaptação às estratégias já utilizadas nos segmentos de entretenimento e lazer, por exemplo. “Isso é evidente quando analisamos as ações de marketing de artistas musicais, que têm os perfis mais populares nas redes sociais, o que tem chamado a atenção dos profissionais de marketing de outros setores”, analisa.

Mas como migrar dos modelos tradicionais de comunicação e marketing para o meio digital? Para Franc Carreras, há três opções que podem auxiliar os gestores de marketing nesta adaptação: a contratação de consultores, que normalmente é a solução mais rápida, mas geralmente envolve um custo maior; a incorporação de pessoal qualificado, que tem um custo menor, mas requer um esforço adicional para a integração dos novos colaboradores à organização; e a especialização do pessoal existente. Esta última alternativa, ainda de acordo com o especialista, requer um investimento de tempo e recursos significativos, mas é essencial no longo prazo.

Um dos principais sinais desta adaptação aos meios digitais é o surgimento de novas profissões no mercado de comunicação. Uma dessas novidades é a função de community manager, que basicamente é a figura do gestor ou líder de comunidade, aquele que tem a função de atrair pessoas com interesses comuns. Porém, segundo o consultor espanhol, esta profissão ainda não dispõe de formação adequada. “Foram criados programas acadêmicos especializados, porém, estes geralmente são apenas suplementares às qualificações tradicionais”, explica.

Mesmo com equipes de trabalho qualificadas e tendo a disposição uma diversidade de novas e modernas tecnologias de comunicação digital, Franc Carreras destaca que o ser humano deve ser sempre o foco das ações de comunicação. “A chave para o marketing social é colocar as pessoas acima da tecnologia e suas respectivas ferramentas e, para fazermos marketing em mídias sociais, devemos ser sociáveis e atuais, e o indivíduo mais sociável da face da terra é o ser humano”, finaliza.


Fonte: Comunique-se

Alteração dos padrões de produção e consumo é essencial para sustentabilidade, diz secretário executivo da Rio+20



Sem uma alteração muito clara em padrões de produção e consumo, não se conseguirá a sustentabilidade. A opinião é do secretário executivo da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), embaixador Luiz Alberto Figueiredo. Para ele, quem tem que liderar essas mudanças são os países ricos, que possuem padrões de produções e consumo insustentáveis.
Segundo Figueiredo, que participou na sexta-feira passada (11), no Rio de Janeiro, de debate com profissionais da mídia sobre a Rio+20, essas mudanças de padrões envolvem, pelo lado da produção, o uso mais racional e eficiente de recursos naturais e de energia, além do aprimoramento de processos produtivos e, pela área do consumo, maior educação e alterações culturais que levem as populações a “não testarem os limites do planeta”.
“Quando se fala em padrões de produção e consumo, quem tem que liderar [essa mudanças] são os países ricos, que têm claramente os padrões mais insustentáveis. Não é possível achar razoável exigir que a nova classe média da Índia ande de bicicleta para salvar o planeta, se a classe média nos países desenvolvidos tem dois carrões na garagem”, disse.
O embaixador Figueiredo defende a busca por uma convergência entre os dois modelos extremos de consumo.
“Temos que buscar uma contração dos que estão abusando e um aperfeiçoamento dos que não têm nada para que cheguemos a um padrão que o planeta aguente, que o planeta sustente”, acrescentou.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Embrapa cria sistema de gestão ambiental para aquicultores


                             



Sistema desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, São Paulo, permite que produtores possam avaliar se os processos conduzidos em suas propriedades estão alinhados às orientações de Boas Práticas de Manejo da Aquicultura. A ferramenta está em fase de validação e a previsão é liberação de acesso ao público externo até agosto.

O sistema informatizado de gestão ambiental da aquicultura (Aquisys) foi desenvolvido por pesquisadores do Projeto de Manejo e Gestão Ambiental da Aquiculutra da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, em São Paulo.

A pesquisadora responsável pelo plano de ação do Aquisys, Maria Conceição Pessoa, diz que o acesso ao sistema pode ser feito via web. "O Aquisys é um sistema informatizado desenvolvido para ser acessado pela internet. Ele auxilia a gestão ambiental da aquicultura em apoio às boas práticas de manejo - com foco inicial no cultivo de tilápia."

O sistema reúne em um único local diversas informações e estimativas importantes para o produtor, antes dispersas ou em linguagem de difícil entendimento. Assim, o sistema considera três temas principais: Boas práticas de manejo da aquicultura na propriedade, Leis, Órgãos e serviços relacionados à aquicultura e Apoio à gestão ambiental da aquicultura. Cada tema oferece diversos módulos para obtenção de diagnósticos, estimativas, informação ou organização de dados que apoie políticas públicas para o setor.

O Aquisys leva em conta as principais demandas de piscicultores, identificadas nos levantamentos realizados em solicitações de informações técnicas formuladas em dias de campo do projeto e de questionamentos direcionados ao serviço de apoio ao contribuinte da Embrapa Meio Ambiente.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Os NOVOS GATEKEEPERS da COMUNICAÇÃO




Com a ascensão das redes sociais como canal de comunicação transversal, as organizações começam amadurecer para o relacionamento com seus públicos de interesse ou nicho de atuação, nessas plataformas.


A utilização correta dessas ferramentas demanda conhecimento, estratégia, ou seja, amadurecimento e na maioria dos casos, uma mudança contundente na maneira de vislumbrar a comunicação corporativa.

Hoje é fato, os meios de comunicação, exclusivamente, as mídias digitais se caracterizam pelo seu viés democrático. A informação, tanto na produção, quanto na distribuição, deixou de estar, exclusivamente, a mercê da ideologia da grande mídia e de seu verticalismo. No ambiente digital as ideologias se amalgamam e dispersam-se em nichos, diferente da centralização das mídias tradicionais.

Já são milhares de pessoas que saem da submissão induzida e da ditadura dos gostos, 90% dos internautas já compraram online e 30% são adeptos e ativos desse tipo de comércio.

No entanto, muitas organizações que se embrenham na complexidade dessa realidade, não se dão conta de que a comunicação não é análoga a que é executada no comércio tradicional.

As empresas já vêm percebendo que é inevitável o ingresso no ambiente online, seja no viés da comunicação mercadológica ou institucional, porém, enxergam, apenas, como extensão das ações praticadas off-line.

As relações na Web se dão pela transparência, credibilidade e interação. Não que as organizações nos meios tradicionais, não devam atuar com base nessas premissas. A dificuldade, atuando ou não nessas bases, é a vulnerabilidade a que elas estão expostas, pois nas redes sociais a opinião pública emiti sua opinião sem a interferência de interlocutores.

Vejam os casos recentes da Arezzo e Zara, que ficaram expostas a “revolta” dos internautas que são, pela sua natureza, mais esclarecidos e “ameaçadores” com  relação às organizações que atuam de forma espúria.

O novo paradigma submete e exige transparência e ética por parte das organizações.

Não que as mídias digitais tenham sobrepujado o poder das mídias tradicionais, mas vêm ganhando voz e esta se torna, a cada dia, mais estridente. A característica principal das redes sociais é a sua comunicação ascendente que parte da base para o topo surpreendendo muitas instituições.

Enfim, é imprescindível para as corporações a comunicação digital, correndo o risco de perderem a visibilidade e o market share que tinham antes dessa “epidemia”.

As corporações que mais rápido perceberem que a nova estrutura comunicacional exige uma mudança radical na forma de se comunicar, saem na frente. Essas, além da mudança, até então, hierarquizada da produção informacional, não devem diferenciar e manipular a informação para cada público de interesse, pois, hoje, estão ao jugo dos novos GATEKEEPERS.