terça-feira, 18 de junho de 2013

Manifestações: massa de manobra ou manobra de uma massa politizada?


Não devemos acreditar em massa de manobra e, sim, em manobra de massa. A questão não é partidária, ideológica. É uma manifestação legítima de uma nação que resolveu mostrar o poder da verdadeira democracia. A cidade se transforma numa imensa ágora. Não é possível que mais de 60.000 pessoas só em SP estejam ligadas a questões ideológicas. Talvez, finalmente, tenhamos acordado. O que vejo agora é "o ensaio da lucidez". Todas atitudes de violência, que se mostra na TV, neste momento, podem ser reações orquestradas e devem ser apuradas. Não desistamos, pois mascaras caem com facilidade nos dias de hoje. Imagens, discursos midiáticos não são sinônimos da realidade dos fatos. Jesus Cristo morreu crucificado por "admoestar" o poder, por reivindicar, por mobilizar o povo contra os desmandos do Império Romano. Em Canudos, Antônio Conselheiro e todos os que o seguiam foram massacrados pelo Exército Brasileiro. Justificaram-se, dizendo que os manifestantes se insurgiam contra a República. Euclides da Cunha, republicano ferrenho que esteve à frente dos fatos, indignou-se com a covardia. Não lutavam contra nada, reivindicavam o fim da miséria, da pobreza, queriam somente a consolidação de seus direitos.