quinta-feira, 17 de maio de 2012

Publicidade não reflete a identidade corporativa




A construção da imagem depende de aspectos subjetivos, a qual se molda através de relações interpessoais, informações de terceiros e da mídia. Depende da visão de mundo, do acesso as informações, da formação cultural e interesse de cada grupo ou pessoa.

Quase sempre, o que se vê é a identidade corporativa, como reflexo da imagem mercadológica, ou seja, a comunicação publicitária e de marketing como as principais formadoras de opinião no que tange a reputação organizacional. Portanto, reduzem a complexidade da identidade corporativa, a qualidade do produto ou serviço.

A identidade visual, infelizmente, está longe de ser sinônimo da identidade organizacional. Ela é simbólica e construída com o intuito de seduzir, induzir e convencer os receptores a enxergarem a empresa de forma positiva. Já, a identidade corporativa é o que ela realmente é, e normalmente, com raras exceções, a identidade visual reflete a organizacional, pelo contrário, em muitos casos, chega a ser antagônica.

Nos dias de hoje, uma empresa que preza pela imagem e, conseqüentemente, pela reputação, conduz a cultura organizacional, sua visão e missão a uma relação de igualdade e respeito a todos os stakeholders. Portanto, uma cultura que integra e unifica as ações éticas, de responsabilidade social e gestão ambiental, no que tange a imagem institucional, e concilia essas ações com as mercadológicas. 


Ricardo Bressan


Os NOVOS GATEKEEPERS da COMUNICAÇÃO



Com a ascensão das redes sociais como canal de comunicação transversal, as organizações começam amadurecer para o relacionamento com seus públicos de interesse ou nicho de atuação, nessas plataformas.
A utilização correta dessas ferramentas demanda conhecimento, estratégia, ou seja, amadurecimento e na maioria dos casos, uma mudança contundente na maneira de vislumbrar a comunicação corporativa.

Hoje é fato, os meios de comunicação, exclusivamente, as mídias digitais se caracterizam pelo seu viés democrático. A informação, tanto na produção, quanto na distribuição, deixou de estar, exclusivamente, a mercê da ideologia da grande mídia e de seu verticalismo. No ambiente digital as ideologias se amalgamam e dispersam-se em nichos, diferente da centralização das mídias tradicionais.

Já são milhares de pessoas que saem da submissão induzida e da ditadura dos gostos, 90% dos internautas já compraram online e 30% são adeptos e ativos desse tipo de comércio.

No entanto, muitas organizações que se embrenham na complexidade dessa realidade, não se dão conta de que a comunicação não é análoga a que é executada no comércio tradicional.

As empresas já vêm percebendo que é inevitável o ingresso no ambiente online, seja no viés da comunicação mercadológica ou institucional, porém, enxergam, apenas, como extensão das ações praticadas off-line.

As relações na Web se dão pela transparência, credibilidade e interação. Não que as organizações nos meios tradicionais, não devam atuar com base nessas premissas. A dificuldade, atuando ou não nessas bases, é a vulnerabilidade a que elas estão expostas, pois nas redes sociais a opinião pública emiti sua opinião sem a interferência de interlocutores.

Vejam os casos da Arezzo e Zara, que ficaram expostas a “revolta” dos internautas que são, pela sua natureza, mais esclarecidos e “ameaçadores” com  relação às organizações que atuam de forma espúria.

O novo paradigma submete e exige transparência e ética por parte das organizações.

Não que as mídias digitais tenham sobrepujado o poder das mídias tradicionais, mas vêm ganhando voz e esta se torna, a cada dia, mais estridente. A característica principal das redes sociais é a sua comunicação ascendente que parte da base para o topo surpreendendo muitas instituições.

Enfim, é imprescindível para as corporações a comunicação digital, correndo o risco de perderem a visibilidade e o market share que tinham antes dessa “epidemia”.

As corporações que mais rápido perceberem que a nova estrutura comunicacional exige uma mudança radical na forma de se comunicar, saem na frente. Essas, além da mudança, até então, hierarquizada da produção informacional, não devem diferenciar e manipular a informação para cada público de interesse, pois, hoje, estão ao jugo dos novos GATEKEEPERS.