quarta-feira, 27 de maio de 2015

Paradoxo: sobrevivência x vivência

O segredo não é sobreviver mais, e sim viver demais, deixando sua marca para a posteridade.

O ser humano, com sua capacidade de realizar feitos imortais, pode deixar a herança de seus atos imorredouros,  a morte corporal é inevitável, mas a arte é imortal e infinita, demonstrando a natureza "divina" do indivíduo que a criou.
                                                                                                                     
No longa metragem "Whiplash: em busca da perfeição", o personagem, um jovem baterista, testa todos os seus limites para alcançar seu objetivo, que o leva à linha tênue entre a genialidade e a loucura.


assista ao trailer:







Paradoxo 



À mesa, o protagonista numa pequena discussão diz aos seus familiares que discriminam sua profissão, e a comparam com a de outro jovem presente no jantar, criticando o músico falecido (Charlie Parker) que o inspirou em sua arte:

 "Prefiro morrer bêbado e falido aos 34 anos, tendo pessoas falando de mim à mesa (imortal) , do que viver "sóbrio" e "rico"até os 90 anos e ninguém mais lembrar de quem eu era". As atuações de Miles Teller e J.K. Simmons são transcendentais.

Crises insustentáveis

Independente de dogmas religiosos ou ideológicos, e seus pontos "indiscutíveis", deveríamos estar voltados para o fortalecimento moral e ético dos indivíduos e organizações.
Em minha opinião, grande parte dos seres humanos e organizações amadurecem pela dor e não pelo amor. Seja no âmbito individual ou organizacional, o pedido de ajuda, só vem quando atolados em crises insustentáveis.

Embalagens: corpos sem almas

Devemos unir a técnica, a metodologia, a prática ao conhecimento humanístico.
A pragmática, desvinculada do conhecimento, que nos circunda, é a causa das grandes crises existenciais, sejam elas individuais ou organizacionais.
A execução (pragmatismo), sem um pensamento ou ideia, que gere comportamento ou ação criativa, não consolida o desenvolvimento duradouro.

Precisamos utilizar o corpo, a mente e o espírito. Sem essa junção funcionamos como máquinas, ou seja, nos tornamos inanimados: corpos sem almas.
"Pessoas vazias são corpos sem alma, não têm essência que desperte interesse, não têm sentimento que tiram o fôlego - meras embalagens." Ana Carolina

O verdadeiro LÍDER não vive preso à introspeções, ele interage com aqueles que o rodeiam

O verdadeiro LÍDER não vive preso à introspeções, ele interage com aqueles que o rodeiam
Ser Líder no sentido denotativo, significa exercer poder sobre o outro ou ter a prerrogativa sobre determinadas ações.

No mundo organizacional, esse significado, na maioria das vezes, é levado à risca, o que atrasa ou neutraliza o crescimento.

A hierarquia não pode ser utilizada para tomar atitudes isoladas.
O desenvolvimento deve vir da consciência coletiva, e não de decisões individuais.
O LIDER deve direcionar ou mediar, e não ter atitudes ditatoriais ou totalitárias.
Quem está de "fora" tem percepções diferentes ou até melhores para as resoluções dos problemas, ou melhor, dos possíveis potenciais de crise.

Abutres corporativos


Nem todos os psicopatas estão nos seriados de TV, em instituições de saúde ou enclausurados em suas casas. Eles também estão em lugares inimagináveis: nos escritórios, "liderando", ouvindo histórias pessoais, espalhando boatos durante o happy hour da empresa.

No mundo organizacional, psicopatas se replicam como vírus, alimentados pela ambição sem limites, por uma ética própria e peculiar, impulsionados por dinheiro e poder, manipulam colegas, geram medo, perseguem e prejudicam quem possa atrapalhar os seus planos.
O psicólogo nova-iorquino Paul Babiak, coautor do livro Snakes in Suits: When Psychopaths Go to Work ( "Cobras de terno: quando psicopatas vão ao trabalho"), sem versão em português, afirma que há muito mais psicopatas em ambientes corporativos do que na população em geral.

Embora associemos o psicopata ao assassino, o comportamento das pessoas com esse distúrbio não está somente relacionado à matança, mas também à ambição, à avareza. Com charme, eles manipulam e coagem subordinados, os persuadem a cometer atos antiéticos e chantageiam sem culpa.
O psicopata corporativo vive no microcosmo e tem uma identidade que reflete exatamente o macrocosmo, ou seja, o que se tornou a própria humanidade.
Leia mais na minha coluna da Aberje: http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp…

Sociedade de abutres

Como diz o grande pensador Edgar Morin a linha tênue entre a neurose e a necrose torna-se cada vez mais evidente.
Há uns dias, assisti ao filme "O Abutre", protagonizado pelo excelente ator Jake Gyllenhaal.
O longa retrata a pragmática doentia que assola a humanidade.

No trailer, um outsider sobrevive à custa de furtos de arames de cobre para revendê-los a construtoras por um preço muito abaixo do praticado pelo mercado formal. Arrisca sua liberdade diariamente, ganha migalhas e não tem o reconhecimento da sociedade.

A questão primeira que se coloca é ética: quem seria pior, o ladrão ou o receptador de mercadoria roubada?
No decorrer do filme o protagonista encontra uma forma mais eficiente, inusitada e controversa para ganhar a vida: filmar acidentes de carro, assassinatos, incêndios e toda forma de desgraça cotidiana para vender os vídeos para emissoras de televisão os utilizar em noticiários sensacionalistas e tendenciosos.
Descobre que quanto mais sórdidas forem as imagens, mais mercado terá.
Um excelente negócio que parece dar, finalmente, conta de sua ambição. O personagem começa a prosperar financeiramente, e isso o vai deixando cada vez mais envolvido e eficiente no que faz.
No decorrer do longa, essa ambição de crescer cada vez mais o transforma num verdadeiro sociopata, e desvenda a camuflada existência de outros como ele: "membros produtivos da sociedade".
Assista, o final é estarrecedor e extremamente realista.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

A superação da ignorância é cada vez menos insólita


A ditadura e o totalitarismo invisível funcionam por meio da manipulação de signos e da corrupção perpetradas pelas organizações de poder e pelas pessoas que se utilizam delas por meio do funcionalismo público e da iniciativa privada de forma espúria e sem escrúpulos.


Apesar da soberania da ignorância, a capacidade de a sociedade superá-la por meio das novas tecnologias, torna-se cada vez menos insólita.

"Não são as minorias que se opõem as mídias digitais, e sim as organizações, cujas posições de poder, os privilégios, e o monopólio, sobretudo em relação a soberania sobre a construção de mensagens, discursos e significados (signos) encontram-se ameaçados pela emergência dessa nossa configuração comunicacional". Pierre Lévy

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Crises "surpreendem líderes organizacionais" como a perda repentina de um ente querido

Por mais que não acreditemos, quem vive sob o escrutínio da mídia está cada vez mais vulnerável.
Numa era em que se exige transparência vemos, todos os dias, nas mídias impressas (revistas, jornais), eletrônicas (televisivas e radiofônicas) e, principalmente, nas redes sociais de grande interação, que se formam nas mídias sociais, uma grande mobilização que acaba pautando outros meios de co...municação.
 
Foto de Ricardo Bressan. "Líderes organizacionais" não acreditam em serem pegos de surpresa por grandes crises. Seria como sentir a dor da perda inesperada de um ente querido.
 
Enquanto personalidades públicas e organizações acreditarem que podem manter seu market share apenas pela comunicação mercadológica (publicidade e marketing), não se preocuparem com seus ativos institucionais, e não se derem conta que a projeção da imagem deve estar atrelada à identidade, ou seja à sua personalidade, servirão de pauta e, consequentemente, de material utilizado pela grande mídia para enriquecerem sua audiência.
É o que temos visto todos os dias. Concordam?
 
"Bummmmm"
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