quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Beleza física pode trazer vantagens para a carreira


Estudos revelam que profissionais bonitos têm mais chances de sucesso profissional. O segredo dos belos: boa aparência mantém a autoestima em alta

       
                                Executiva de gravata
A boa aparência tem outra vantagem: segundo estudo, ela aumenta as chances de outros prestarem mais atenção no que você tem a dizer
São Paulo - A aparência importa quando o assunto é carreira? A resposta é "sim" — para o bem e para o mal. O lançamento do livro O Valor da Beleza — Por Que as Pessoas Atraentes Têm Mais Sucesso (Ed. Campus/Elsevier), de Daniel s. Hamermesh, economista americano que traz à tona essa discussão que ainda é um grande tabu dentro das organizações. "Os executivos não gostam de admitir que a beleza afeta o modo como eles lidam com outros profissionais", diz Daniel. Professor da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, Daniel se dedica aos estudos de pulchronomics (economia da beleza) e, em seu livro, divulga resultados de pesquisas que mostram que a aparência pode influenciar — e muito — os salários.

A pesquisa de Daniel foi feita nos Estados Unidos e talvez a realidade brasileira seja diferente. Mesmo assim, fica a dúvida: que razões fazem com que os belos sejam privilegiados e conquistem salários mais polpudos? Daniel arrisca a resposta: autoestima nas alturas. Afinal, quando você está satisfeito com a própria aparência (e tem competência para exercer seu cargo) fica mais fácil enfrentar os desafios de carreira. "Quem se sente bem com seu modo de ser é mais seguro", diz a headhunter Adriana Prates, diretora da Dasein Executive Search, de Belo Horizonte. "E confiança ajuda a transmitir ideias e habilidades, o que acaba conquistando os chefes."

A boa aparência tem outra vantagem: aumentam as chances de outros prestarem mais atenção no que você tem a dizer. De acordo com uma pesquisa da Universidade Rice, dos Estados Unidos, feita com profissionais em busca de um emprego, sinais faciais marcantes, como cicatrizes, distraem os recrutadores e fazem com que eles não foquem no conteúdo do candidato, só em seu aspecto exterior. "Qualquer elemento muito chamativo pesa em uma entrevista", diz Marcela Esteves, consultora da Robert Half, empresa de recrutamento de São Paulo, que admite se policiar para não cometer injustiça com candidatos menos privilegiados esteticamente.


E o que deve fazer quem convive com a desvantagem da falta de beleza? Relaxe, você não precisa passar horas na academia, no salão de beleza e na clínica de estética para ter sucesso. Para os consultores e headhunters, o que conta mais é o bom e velho charme. "Steve Jobs não era nenhum modelo de beleza, mas sabia envolver com seu discurso. Encontrar a melhor maneira de se portar para encantar os outros é o que realmente vale", afirma Adriana, da Dasein.
A grande lição não é se preocupar em ter os olhos mais lindos do mundo, mas conseguir transmitir empatia, segurança ou qualquer outro sinal positivo. Isso todos podem fazer, cuidando dos detalhes: no sorriso aberto que você dá quando se apresenta; na maneira como você se levanta para cumprimentar com firmeza; na roupa que você escolhe para participar de uma reunião formal ou para comparecer a um almoço informal. Todas essas atitudes contam pontos a seu favor.
Por isso, é bom tomar muito cuidado com sua atitude. Uma palavra rude, por exemplo, faz mais estragos do que um mau penteado. "Toda a empatia acaba quando alguém transmite arrogância e se mostra desinteressado na fala do interlocutor. Não importa quão bonita a pessoa seja, isso destrói uma primeira impressão", explica Marcela, da Robert Half.
Obviamente, a aparência, sozinha, não sustenta a carreira de ninguém. "Beleza é apenas mais um dos vários fatores que influenciam o sucesso. Todas as pesquisas mostram que beleza importa, mas somente se estiver ligada a outros aspectos", diz Daniel Hamermesh. Se você é bonito, considere-se
Fonte: Exame 

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