segunda-feira, 1 de abril de 2013

Marcas devem estar em consonância com os atributos da empresa


Falando em marcas, nos dias de hoje, podemos dizer que elas devem estar em consonância com os atributos da empresa, e estes alinhados aos valores sociais. Eles devem refletir identidade e reputação corporativa. A imagem deve ser bem estruturada, ou seja, deve refletir o que se faz, não o que se diz.


Uma empresa ou corporação bem engajada aos seus valores, missão e visão, em todos níveis departamentais e linhas de produção, tendem a refletir isso, seja na comunicação institucional ou mercadológica. Seguem alinhadas a um padrão único, convergem através dos valores e cultura, refletidos na sua identidade visual. 

Marketing, publicidade, comunicação institucional, comunicação interna devem trabalhar os atributos da marca de forma única, de acordo com as mensagens chaves da organização, referenciadas pelo seu planejamento estratégico. Não deve existir litígio entre os mais diversos departamentos institucionais, e sim conexão.

Branding e Rebrand

O branding tem como função gerar valor as marcas ligadas a uma empresa, ou a uma única empresa, detentora de uma única marca. 

A ideia é que os profissionais em questão estejam conectados aos valores e maneira de pensar da sociedade, ou melhor, aos públicos de interesse da organização. 

Esta nova geração, em sua maioria, movida pela tecnologia digital e por comportamentos e atitudes sustentáveis, exige das organizações que, de forma holística, enxerguem essa nossa realidade e se posicionem a frente, apresentando a sociedade um modelo pós-sustentável. 

Seria errôneo se disséssemos um modelo pós-industrial, já que esse se encontra ultrapassado. O modelo atávico da revolução industrial não deve ser aceito pelas organizações, já que a sociedade em geral manifesta sinais de repúdio muito bem explicitado. 

Mudou-se o comportamento, a forma de consumo, a distribuição, produção e veiculação de informação. Já não vivemos numa estrutura tão hierarquizada e verticalizada como há duas décadas. A internet modificou os  hábitos sociais, quanto  ao consumo de informação, produtos e serviços. 

Hoje, qualquer que seja o meio de interação na internet, ela é feita de modo a se dispersar em nichos, ou seja, buscando produtos e serviços que se adequem a consumidores específicos, saindo da verticalização tradicional do mercado, indo até os consumidores potenciais, ao invés de esperá-los chegarem às prateleiras. 

Esses produtos virtuais, num primeiro momento, devem agregar o valor necessário para que o consumidor o adquira. Este, muito mais informado e desvinculado das ações tradicionais de comunicação e marketing.   

Consumidores, condicionados a uma nova forma de consumo, estão muito mais ligados as informações, aos valores intangíveis. Numa plataforma não linear é sempre imprescindível ficar atento ao feedback do consumidor, que garante conhecer seu potencial de consumo e quais os produtos que mais se adéquam a ele.  

Segundo Wally Olins  a Internet mudou bastante os padrões de distribuição de alguns produtos e serviços, mas para a maioria tornou-se apenas outro canal de distribuição importante, mas não revolucionário. Uma boa distribuição necessita de boa cobertura. Para se gerir a distribuição é necessário ser, cuidadosamente, imaginativo para cativar o público que se tem em vista atingir. 

Por fim, seja no posicionamento e geração de valor da marca, ou no seu reposicionamento (rebrand), a identidade visual deve refletir e transmitir missão, valores, cultura e o comprometimento de sua visão com os anseios sociais e ambientais, não é um mero trabalho artístico. Por isso, o motivo de se conhecer a identidade corporativa, antes de qualquer processo criativo, que envolva a imagem.

Ricardo Bressan
               
   




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