quinta-feira, 26 de junho de 2014

Copa desritmada




Há alguns dias, descrevia por aqui o desânimo social visível na falta de alteridade, inexistente nesta Copa. 


Comportamento antagônico a datas festivas que unem os povos em torno de comemorações de âmbito mundial. 

Parece que, tardiamente (não que não possa daqui para frente surtir resultados de uma verdadeira democracia), a sociedade vem percebendo os trâmites falaciosos de milênios da "LEI do PÃO e CIRCO". Ela vem mostrando que o prazer imediato proporcionado por esses espetáculos não resolverão as debilidades mais urgentes de suas verdadeiras necessidades.
Mesmo com a construção de discursos, mensagens e imagens, pela grande mídia, de um Brasil seduzido pelo "ópio do povo", é perceptível para os menos incautos o desânimo que se reproduz dentro do organismo social. 



Enfim, todos os dias, ao abrir a sacada do meu quarto, avisto dezenas de prédios. 


Antes do início da competição, enxergava apenas uma bandeira brasileira. Agora, vejo um pouco mais de meia dúzia. 

O que percebo nisso? 

Uma sociedade muda, mas cada vez menos míope ou seduzida pelos signos.

Como estruturas sem acabamento, o povo brasileiro vem mostrando que está nu e que necessita de compensações e recompensas, para realmente adornarem suas edificações com as cores que o representa. 











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