quinta-feira, 26 de junho de 2014

Ficamos presos a maniqueísmos, ao invés de nos atentarmos à complexidade dos fatos





A corrupção é um problema endêmico em todo o mundo, mas não é o maior dos problemas. 



O problema é que o Estado cada vez menos intervém na economia, poucoinveste em políticas públicas e as deixam à mercê da especulação financeira e econômica. 

Não há regulamentação para o lucro infinito e individualista. Há, sim, leis para inibir e coibir a verdadeira democracia, a participação daqueles que necessitam.

Deveríamos buscar os mais diversos meios de informação. 

A dificuldade é que vivemos numa sociedade que pouco lê, pouco se informa, não busca outras versões sobre a realidade dos fatos. 


A grande mídia é soberana na formação da opinião pública e, por consequência, influencia também seu comportamento. 



A incapacidade brasileira de enfrentar a violência urbana tem o mesmo fundamento da americana: qualquer mudança" em sociedades tão desiguais é vista e sentida com pavor. E continuamos a investir nossos medos nos alvos mais improváveis, a dissimular o que efetivamente inquieta". Paulo Sérgio Pinheiro



"Um dos paradoxos relativos a cultura do medo é que os problemas sérios continuam ignorados. A pobreza correlaciona-se com molestamento de crianças, crimes e consumo de drogas. E quanto maior a diferença entre ricos e pobres, maiores os índices de mortalidade por doenças cardíacas, câncer e homicídio. As notícias (imagens, noticiários) sobre crimes aumentam todos dias. Sendo que as estatísticas mostram que decresceram." Barry Glassner



Para finalizar, diz Dawkins: "uma das razões para o grande apelo exercido pela teoria da seleção de grupo talvez seja o fato de ela se afinar completamente com os IDEAIS MORAIS E POLÍTICOS partilhados pela maioria de nós. Como indivíduos ou organizações, não raro, nos comportamos de forma egoísta (identidade). Nos momentos idealistas reverenciamos e admiramos aqueles que colocam o bem-estar dos outros em primeiro lugar (imagem)."



Não vivemos o real, e sim a projeção de uma realidade falaciosa. Vivemos conduzidos pelos simulacros.

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